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Tether diz que não há riscos em usar USDT na Solana; Binance e OKX retomam depósitos

Conforme noticiou o CriptoFácil na quinta-feira (17), as exchanges Binance e OKX bloquearam os depósitos das stablecoins USDT e USDC na rede Solana (SOL). No entanto, a Tether, emissora da USDT, afirmou que não há riscos de usar a stablecoin na Solana.

Além disso, a empresa publicou um tuíte nesta sexta-feira (18) sobre o colapso da FTX e da Alameda Research. De acordo com a Tether, a USDT também está a salvo de qualquer contágio causado pelo colapso das empresas.

De acordo com o relatório de transparência da Tether, a Solana é a terceira maior rede da USDT em volume de uso, depois de Tron e Ethereum. Existem 1,89 bilhões de USDT na Solana, mas isso representa pouco menos de 3% da oferta total da stablecoin.

Alameda não é uma ameaça, diz Tether

A Tether voltou a reforçar que o lastro da USDT tem uma proporção de 1:1 com o dólar. Isto é, quando as partes institucionais enviam um dólar para a Tether, a empresa emite um USDT. Em contrapartida, quando as empresas retiram um dólar, a Tether destrói um USDT.

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Este foi o caso da Alameda, que comprou reservas de USDT através da rede Solana. Mas a Tether disse que as reservas não estão nas mãos do fundo, e sim da própria Tether.

“Essas reservas ainda estão na posse da Tether, não estão no balanço da Alameda. A garantia do USDT da Alameda não está no balanço da Alameda”, explicou.

A única opção que Alameda tem é resgatar suas USDT e fazer com que o Tether devolva os dólares. A Tether também afirma que não possui empréstimos pendentes da stablecoin, suas reservas ou quaisquer outros fundos para a Alameda.

“O principal problema que inúmeras outras empresas estão enfrentando é que emprestaram imprudentemente vários ativos à Alameda, contando com garantias extremamente ilíquidas”, explicou. A empresa acrescentou que não houve alavancagem, o que desempenhou um papel fundamental na queda da FTX.

Sobre as suspensões

Por fim, a Tether também falou sobre as recentes suspensões de depósitos de USDT e USDC na rede Solana pela Binance e OKX.

“A USDT emitida na Solana é o mesmo que a USDT emitida em qualquer outra cadeia. A stablecoin simplesmente representa uma reivindicação de US$ 1 das reservas e garantias do Tether”.

Enquanto isso, a criptomoeda nativa da Solana, a SOL, opera em queda de 5,1% e vale R$ 72,85. O preço da SOL caiu 56% em apenas 15 dias e está 95% abaixo de sua máxima histórica, de acordo com o CoinGecko.

Perspectiva do ecossistema de stablecoin

A Tether continua sendo o principal emissor de stablecoin com 65,9 bilhões de USDT, o que lhe dá uma participação de mercado de 45,5%. Mas a oferta da stablecoin encolheu 21% desde o início de maio, quando ocorreu o colapso do ecossistema Terra.

Nesse meio tempo, a Tether viu a USDC, emitida pela rival Circle, crescer e alcançar 44,1 bilhões de USDC em circulação, chegando ao segundo lugal. Hoje, a USDC tem uma participação de mercado de cerca de 30%, mas sua oferta também caiu 21% desde o início de julho.

Quem realmente cresceu neste mercado foi a BUSD, stablecoin emitida pela Binance, que registrou aumento de 30% na sua oferta desde o início de julho. A BUSD tem 22,9 bilhões de moedas em circulação, o que lhe confere uma participação de mercado de quase 16%.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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