Economia

Tesouro dos EUA abre investigação sobre compra do Twitter feita por Elon Musk

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos começou a investigar a aquisição de US$ 44 bilhões, feita por Elon Musk para a compra do Twitter. De acordo com o Washington Post, o Tesouro avalia se tem jurisdição e, em caso positivo, deve iniciar uma avaliação da compra. 

Mas a iniciativa não partiu do Tesouro, e sim do senador Chris Murphy, do Subcomitê de Relações Exteriores. O senador enviou uma carta ao Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA (CFIUS) na segunda-feira (31) lançando suspeitas sobre a operação.

Conforme apontou o senador Murphy, a compra do Twitter não envolveu apenas o nome de Musk, mas sim diversas outras entidades. Algumas delas, no entanto, não são empresas dos EUA, como a Binance, que investiu cerca de US$ 100 milhões na operação.

Além disso, Murphy acredita que há o envolvimento de investidores da Arábia Saudita e do Catar na operação. Segundo o senador, isso pode ter implicações na segurança nacional, e, portanto, Murphy solicitou que o Tesouro fizesse uma revisão da compra do Twitter.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Tesouro dos EUA quer investigar compra do Twitter

Para levantar o capital necessário e comprar o Twitter, Musk criou uma série de holdings, empresas que possuem participação acionária em outras empresas. Uma dessas ONGs é a Kingdom Holdins Company, que arrecadou US$ 1,9 bilhão para o negócio.

Só que a holding pertence ao príncipe Alwaleed bin Talal, da Arábia Saudita, que agora é o segundo maior acionista do Twitter. Outro grande investidor é o Qatar Investment Authority, fundo soberano ligado ao governo do Catar.

O CFIUS, presidido pela secretária do Tesouro Janet Yellen, tem o poder de bloquear propriedades estrangeira nas principais empresas dos EUA. Para o senador Murphy, os termos do acordo podem dar a entidades estrangeiras acesso a informações confidenciais.

Todavia, a maior preocupação de Murphy diz respeito ao controle sobre o Twitter em si. Afinal, estes fundos podem querer usar seu poder e aplicar censura contra os usuários da plataforma. Isso, por sinal, iria contra a intenção de Musk de comprar o Twitter para transformá-lo em um “terreno livre”.

“Deixemos de lado os vastos dados que o Twitter coletou sobre cidadãos dos EUA. Qualquer potencial de que a propriedade estrangeira do Twitter resulte em aumento da censura, desinformação ou violência política, é uma séria preocupação de segurança nacional”, disse Murphy.

No entanto, especialistas também apontaram que é improvável que a compra do Twitter por Elon Musk seja impactada por uma revisão das implicações de segurança nacional. Isso porque existem termos que concedem direitos de informação a grandes investidores estrangeiros. Além disso, essas solicitações de revisão são basicamente normais e geralmente não terminam em investigações completas.

Enquanto isso, Elon Musk demitiu alguns executivos, incluindo o CEO Parag Agrawal, e pretende demitir mais funcionários depois que assumiu o controle do Twitter como CEO interino. Além disso, Musk finalizou a oferta da assinatura do Twitter Blue por US$ 8 por mês para os usuários dos EUA. No entanto, o preço será ajustado com base na paridade do poder de compra em outros países.

Dogecoin chegando ao Twitter

Elon Musk, conhecido como fã da Dogecoin (DOGE), sugeriu anteriormente que o Twitter poderia oferecer suporte para a criptomoeda-meme. No entanto, o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, acredita que o Twitter deve suportar várias criptomoedas, incluindo a BNB.

O preço da DOGE está sendo negociado atualmente em US$ 0,138, uma queda de 4% nas últimas 24 horas. No entanto, a valorização da criptomoeda superou os 130% depois que Musk adquiriu o Twitter.

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.