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Telexfree: dono quer voltar a ser brasileiro para evitar extradição para os EUA

A extradição de Carlos Nataniel Wanzeler, dono da empresa acusada de pirâmide Telexfree foi suspensa temporariamente. 

A decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), se deu após a defesa fazer um apelo para rescindir a decisão que revogou a nacionalidade brasileira de Wanzeler.

Em outras palavras, o empresário natural do Espírito Santo quer voltar a ser brasileiro para não ser extraditado para os Estados Unidos.

Apelo da defesa

Conforme noticiou A Gazeta na quinta-feira (8), o chefe da Telexfree responde por diversas ações penais no Brasil e nos EUA. 

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As acusações são de envolvimento na pirâmide financeira, evasão de divisas e outros crimes contra o sistema financeiro.

Wanzeler havia escolhido a nacionalidade estadunidense quando se mudou para o país antes mesmo da Telexfree ganhar notoriedade.

E foi justamente a perda da nacionalidade brasileira que motivou a extradição do empresário.

Mas agora, a defesa está pedindo tutela de urgência quanto à rescisão por discordar da perda de nacionalidade.

Nesse sentido, o ministro concedeu uma liminar, suspendendo o processo temporariamente.

“Não acabou, é claro. Ainda vai ser julgado. Mas, se for restabelecida a situação de brasileiro nato, Calos não poderá ser extraditado”, explicou o advogado do empresário, Rafael Lima.

Nos EUA, Wanzeler é acusado de prática de crime de conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

De acordo com o governo dos EUA, a Telexfree – que atuava no Brasil com o nome de Ympactus Comercial – operou uma pirâmide deixando um prejuízo de mais de US$ 3 bilhões (quase R$ 17 bilhões).

Ao todo, foram mais de 1 milhão de vítimas do esquema em todo o mundo.

Sobre a extradição

Como noticiou o CriptoFácil, o deferimento da extradição dizia respeito apenas ao delito de fraude eletrônica.

Isso porque há uma correspondência entre os tipos penais previstos na legislação dos dois países.

Entretanto, o STF havia determinado que os EUA se comprometessem a não impor uma pena privativa de liberdade de mais de 30 anos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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