Economia

Tata Werneck processa Atlas Quantum, suposta pirâmide cripto investigada na CPI

A atriz e comediante Tata Werneck está processando a suposta pirâmide de criptomoedas Atlas Tecnologia (Atlas Quantum) por uso irregular de sua imagem.

Conforme informou a Folha de S. Paulo, a atriz alega que a empresa alvo da CPI das Pirâmides Financeiras usava sua imagem nas nas redes sociais para dar credibilidade aos negócios, sem o seu conhecimento.

Em 2018, a Atlas contratou Tata Werneck como garota propaganda da marca a fim de aumentar a sua popularidade no país.

A Atlas, liderada por Rodrigo Marques dos Santos – também alvo da CPI – prometia rendimentos de 5% ao mês com arbitragem de Bitcoin. A arbitragem consiste em uma estratégia de negociação na qual os investidores lucram com as pequenas disparidades de preços apresentadas por um ativo digital em variados mercados.

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O “negócio” da Atlas colapsou em 2019, deixando um prejuízo bilionários para os investidores. Naquele ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a Atlas Quantum de ofertar produtos de investimento coletivo.

De acordo com a autarquia, a plataforma de arbitragem automatizada não tinha permissão legal para tais negociações no país. Os problemas financeiros da empresa começaram a surgir após a stop order da CVM. Após a ordem, clientes da plataforma correram para sacar seus fundos. Contudo, diversos investidores tiveram seus valores retidos na plataforma e até hoje aguardam ressarcimento. Estima-se que o prejuízo total esteja hoje na casa dos R$ 2 bilhões.

Tatá contra Atlas Quantum

Para atris novos “investidores”, a Atlas fez uso de pessoas públicas. Mas quando contratou Tatá Werneck, a Atlas ainda não tinha recebido denúncias de fraudes e problemas de cumprimento de contrato.

Além do processo contra a Atlas, Tata também pediu, via liminar, que a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, retire de circulação peças publicitárias em que ela aparece.

Conforme mencionado, a Atlas é uma das empresas apontadas como pirâmide de criptomoedas que a CPI das pirâmides investiga. Tatá Werneck e o ator Cauã Reymond foram chamados a depor na CPI na última semana. Cauã também foi garoto propagando da Atlas.

No entanto, os atores conseguiram um habeas corpus, concedido pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), para não prestarem depoimento. O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que a comissão não medirá esforços para identificar e punir os responsáveis pelas fraudes.

A defesa de Tatá sustenta, no entanto, que a atriz apenas realizou campanha publicitária, intermedida por agência de produções artísticas, para a empresa investigada. Ou seja, a atriz não chegou a integrar o quadro societário da empresa nem realizar investimentos através da Atlas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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