Economia

Talibã proíbe negociações de criptomoedas no Afeganistão e prende traders

Traders de criptomoedas estão sendo presos pelo Talibã no Afeganistão após o banco central do país proibir a negociações de ativos digitais.

De acordo com uma matéria da Bloomberg, desta sexta-feira (26), o Talibã ordenou a proibição após alguns afegãos recorrerem aos ativos digitais para manter o seu dinheiro fora do alcance do regime.

Conforme noticiou o CriptoFácil, quando o Talibã tomou o poder em agosto do ano passado, muitos cidadãos, sobretudo as mulheres, encontraram no Bitcoin (BTC) e em outras criptos uma forma de refúgio para o seu dinheiro. Muitas mulheres conseguiram fugir do país graças às criptomoedas.

Talibã proíbe as criptomoedas

Ao comentar sobre a proibição, Sayed Shah Saadaat, chefe de investigações criminais da sede da polícia em Herat chamou o Bitcoin de fraude:

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“O banco central nos deu uma ordem para impedir que todos os traders, os indivíduos e os empresários negociem moedas digitais fraudulentas, como o Bitcoin”, disse ele.

Conforme informou Saadaat, 13 pessoas já foram presas no país. Mas a maioria já está em liberdade após o pagamento de uma fiança.

Além disso, eles já encerraram 20 empresas que atuam na cidade de Herat e que ofertam serviços com moedas digitais. Herat é a terceira maior cidade do país e um centro de negociações de criptomoedas. A cidade é sede de quatro das seis exchanges cripto do Afeganistão.

De acordo com um estudo recente da empresa cripto Triple-A, o Afeganistão está na 38ª colocação entre os países com o maior percentual de cidadãos usando criptomoedas.

Conforme os dados da empresa, há mais de 1 milhão de afegãos com acesso a ativos digitais. Isso equivale a cerca de 2,65% da população local.

Proibição de criptomoedas

Em fevereiro deste ano, o Talibã disse que avaliaria a possibilidade de permitir a negociação de cripto dentro das práticas financeiras do islã. E, ao que parece, eles optaram por não permitir serviços com cripto no país, punindo com prisão que descumprir a regra.

Vale destacar que outros países de maioria muçulmana adotaram uma abordagem mais branda para os ativos digitais.

Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, permitem a negociação de criptoativos na zona franca de Dubai desde setembro de 2021. Dubai também concedeu, em julho deste ano, uma licença para a OKX operar na região.

Enquanto isso, o Bahrein apoia os ativos digitais desde 2019. Em dezembro de 2021, o país aprovou as operações da Binance em seu território.

Com a decisão, o Afeganistão se junta à China no que diz respeito a proibição de atividades com ativos digitais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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