Clientes da empresa apontada como pirâmide financeira GAS Consultoria Bitcoin estão reclamando de atrasos nos pagamentos.
Segundo relatos nas redes sociais e grupos de WhatsApp, o rendimento prometido era para ter sido pago na quarta-feira (15). Contudo, parece que houve um atraso no repasse.
Em nota, o setor jurídico da GAS — cujo líder Glaidson Acácio dos Santos está preso desde o mês passado — alegou que as informações que circulam nas redes “não podem ser confirmadas”.
Segundo a empresa, o Departamento Administrativo e Financeiro, responsável pelos pagamentos, não relatou nenhum problema.
Conforme noticiados pelo GLOBO, a empresa alegou ter solicitado esclarecimentos ao departamento responsável. Assim, quando “os fatos forem esclarecidos”, a GAS fornecerá novas informações à “toda sociedade”.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
GAS culpa bloqueios judiciais
A empresa não confirmou os atrasos no comunicado. Entretanto, a GAS atribuiu o eventual atraso ao bloqueio judicial de R$ 38 bilhões em contas associadas a Glaidson.
“Quantia essa que seria utilizada pela GAS exclusivamente para liquidar os rendimentos dos seus clientes na data de hoje, 15 de setembro de 2021”, afirmou a GAS na nota.
Além disso, a empresa justificou que desde a prisão de Glaidson, a empresa que distribui os pagamentos aos clientes passou a sofrer “perseguição” e também teve contas bloqueadas.
Finalmente, o comunicado afirma que “mesmo com toda dificuldade e dezenas de bloqueios”, a empresa tem “honrado com seus pagamentos em dia até o momento”.
591 Bitcoins apreendidos serão liquidados
Conforme apurado pelo GLOBO, há pelo menos 5 decisões judiciais autorizando o bloqueio de R$ 290 mil das contas da empresa. Esses bloqueios são resultantes de ações de investidores lesados que querem reembolso.
O valor é muito inferior aos R$ 13,8 milhões e R$ 150 milhões em Bitcoin apreendidos na Operação Kryptos. A ação policial, que culminou com a prisão de Glaidson, também apreendeu 21 carros de luxo.
Sobre os 591 BTC apreendidos, a Câmara Criminal do Ministério Público Federal autorizou na segunda-feira (13) a liquidação imediata.
O valor arrecadado com a venda irá para uma conta judicial ligada ao processo. Os recursos serão usados para reembolsar as vítimas e, possivelmente, a União.
Leia também: Executivo da exchange BitMEX concorda com extradição para enfrentar acusações nos EUA
Leia também: Dono da suposta pirâmide Alphabets será intimado a depor em inquéritos sobre fraude
Leia também: Jogo CryptoBlades trava saques e levanta suspeita entre os jogadores