Parece que as manifestações contra a Alphabets, empresa de investimentos esportivos sediada em Cabo Frio (RJ) surtiram efeito.
O dono da empresa, o empresário Rogério Cruz Guapindaia, será intimado a prestar depoimento na próxima semana. Os inquéritos apuram se a Alphabets, que oferecia lucros de até 3,2% ao dia, funcionava como uma pirâmide financeira
Atualmente, Rogério é investigado por crimes contra a economia popular e contra a ordem tributária e por estelionato na 125ª DP (São Pedro da Aldeia) e 126ª DP (Cabo Frio).
Entenda o caso Alphabets
Conforme noticiado pelo CriptoFácil, no dia 9 de setembro, a Alphabets encerrou suas atividades, deixando diversos investidores no prejuízo.
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Um dia depois, Rogério gravou um vídeo afirmando ter “influência no governo” e “amigos policiais” para quem ousasse ameaçá-lo:
“Vocês não têm noção com quem estão mexendo. Vocês não sabem quem é o meu corpo jurídico. Os amigos policiais que eu tenho. A influência que a gente tem no governo. Então, prestem atenção quando foram ameaçar ou fazer algo”, afirmou o empresário no Instagram da Alphabets.
Depois que a empresa fechou as portas, diversas pessoas procuraram as autoridades para registrar queixa contra a empresa.
De acordo com o delegado Milton Siqueira Júnior, titular da 125ª DP, muitas pessoas contam que ficaram sabendo da empresa por terceiros ou pela internet. Os clientes, então, se animaram com a promessa de altos rendimentos e decidiram investir no negócio.
“Vamos intimá-lo na próxima semana para prestar depoimento”, afirmou o delegado ao O GLOBO.
Vale destacar que em 2017, Rogério foi condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.
Ele chegou a ser preso em flagrante em 2016, ao desembarcar em Natal (RN) com três quilos de ecstasy na mala, mas foi solto.
Vítimas querem dinheiro de volta
Ainda segundo O GLOBO, uma das vítimas do esquema contou que Rogério usou pessoas influentes de Cabo Frio para promover o negócio.
Outra vítima contou que ela e o marido investiram R$ 133 mil na Alphabets com o objetivo de usar os rendimentos para construir uma casa.
“Eu conheci a empresa em maio, através de uma amiga que virou gerente executiva lá”, conta. “Naquele mês, eu fiz o primeiro investimento: R$ 23 mil. Dois meses depois, coloquei mais R$ 15 mil. Nos primeiros meses, a gente recebia duas vezes: 1º e 16 de cada mês. Como estava tudo direito, eu puxei o meu marido. Em julho, ele fez um empréstimo de R$ 57 mil, juntou com um montante que tinha, e o valor chegou a R$ 65 mil.”
O advogado Luciano Régis da Costa, que defende a vítima, afirmou que, além dela, há pessoas que investiram R$ 500 mil.
“São pessoas de diversas cidades da Região dos Lagos, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Niterói e até do Nordeste do país. As pessoas querem o investimento de volta. Algumas delas ainda acreditam que vão receber. Mas, infelizmente, não vão”, lamentou.
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