Um ataque hacker afetou pelo menos 13 supercomputadores na Europa que tiveram seu poder de processamento roubado para minerar criptomoedas. O ataque ocorreu neste sábado (16) e ainda não foi possível identificar os responsáveis.
Segundo informações, os hackers teriam conseguido violar a segurança de equipamentos localizados em universidades e centros de pesquisa no Reino Unido, Alemanha, Espanha e Suíça.
Os sistemas dos supercomputadores invadidos estavam sendo usados para encontrar uma cura para o coronavírus. Assim, as máquinas faziam cálculos sobre possíveis medicamentos que poderiam ser eficazes contra a pandemia.
Entretanto, o trabalho foi interrompido porque, após a identificação do ataque, os computadores foram desligados para investigação.
Chris Doman, cofundador da empresa de segurança Cado Security, indicou que os hackers roubaram as credenciais dos membros das universidades. Assim, conseguiram entrar no sistema e implantar um aplicativo ou malware para mineração de Monero (XMR).
As instituições afetadas incluem a Universidade de Edimburgo, com seu supercomputador ARCHER, o Centro de Computação de Alto Desempenho de Stuttgart, o Instituto de Tecnologia Karlsruhe (KIT).
Além delas, também foram afetadas a Universidade de Ulm, a Universidade de Tübingen, o Centro de Pesquisa Julich, a Faculdade de Física da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique, e o Centro Suíço de Computação Científica (CSCS), em Zurique.
Embora nenhum dos centros de pesquisa tenha fornecido detalhes sobre o que aconteceu, a organização EGI (European Grid Infrastructure), uma agência europeia para lidar com incidentes de segurança de computadores, revelou que o ataque foi feito por meio de malware. As informações coletadas dos supercomputadores foram enviadas e analisadas pela Cado Security nos Estados Unidos.
Não ficou claro desde quando o Monero estava sendo extraído, apenas que a primeira detecção ocorreu na segunda-feira, 11 de maio. Também não foi estabelecido definitivamente se era um único grupo ou vários grupos de hackers. As autoridades seguem investigando o caso.
Atualmente, Monero é uma das 15 moedas mais importantes criptomoedas dentro do ecossistema. Sua capitalização de mercado está estimada em cerca de US$ 1.157 milhões.
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