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Startup de São Paulo é a primeira do Brasil a envolver blockchain e logística

A Intelipost é uma startup de São Paulo do ramo de logística, cujo papel é auxiliar as empresas a maximizarem a eficiência dos seus processos logísticos. Em junho, acontecerá o evento Intelipost Connection, focado em empresas, que discutirá o futuro das entregas e da experiência de compra dos consumidores.

O evento contará com diferentes painéis, chamados de “trilhas”, e um deles falará sobre inovações do setor logístico. Nessa mesma trilham o evento tratará sobre inovações em blockchain.

O CriptoFácil falou com Stefan Rehm, CEO da Intelipost, para entender melhor como será a abordagem.

Problemas e blockchain

Rehm começa dizendo que, diferente de outros casos em que uma empresa descobre a tecnologia blockchain e busca casos de uso para ela, eles fizeram o processo inverso – viram um problema e, enquanto buscavam uma solução, depararam-se com a blockchain.

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“Nós esbarramos com blockchain pela primeira vez há três anos [em 2016] durante um pitch para a IBM. Dentre as diversas empresas da América Latina selecionadas para participar, nós apresentamos o melhor caso de uso. Desde então, nós vimos que a blockchain seria interessante para nosso modelo de negócios.”

O CEO da Intelipost afirmou que desde o evento junto à IBM, a startup não parou de pesquisar e desenvolver sobre blockchain. Segundo ele, foram realizados hackathons e outros eventos buscando compreender melhor esta nova tecnologia.

“Mas blockchain só para a parte interna de uma única empresa não é tão efetivo”, afirmou Rehm.

Foi quando surgiu a decisão de abrir a ideia para mais empresas.

Uma rede logística

Em julho de 2018, visando ver como a blockchain se comportava como lastro para uma rede que liga várias empresas, a Intelipost realizou o Tech Challenge, um evento que reunia ideias do ramo de logística e serviu como ambiente de testes para a experimentação de blockchain.

Correios, Lojas Renner e outras grandes empresas integraram o evento. Foi criada uma rede com 10 empresas e ela foi posta em prática durante um fim de semana. Rehm declarou:

“Foi algo grande e sério. Nós vimos que a tecnologia blockchain realmente funciona em uma rede e foi quando decidimos leva-la ainda mais adiante.”

Utilizando a tecnologia Hyperledger da IBM como base para criar sua blockchain privada, a Intelipost é a primeira startup do Brasil a fazer a integração entre a referida tecnologia e aplicações logísticas.

“Ao meu ver, a logística é o melhor caso de uso para a blockchain”, afirmou Rehm.

O envolvimento com esta nova tecnologia está tão intenso por parte da Intelipost que, em setembro, a startup realizará um evento totalmente focado em blockchain em parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo – Setcesp.

“No evento, nós faremos algo parecido com o que fizemos no Tech Challenge, bem como faremos um grande anúncio”, adiantou o CEO da Intelipost.

Em um mundo onde gigantes do transporte como a Maersk estão buscando soluções em blockchain para otimizarem seus serviços, é significativo ver uma startup brasileira trilhando o mesmo rumo.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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