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Sócio do maior fundo de investimento de capital de risco do Brasil afirma que o Bitcoin, como existe hoje, não é moeda

Durante o seminário sobre criptomoedas e blockchain organizado pelo jornal Valor Econômico, Romero Rodrigues, sócio do fundo de venture capital Redpoint eVentures, o maior fundo de capital empreendedor do Brasil focado em empresas de internet em estágio inicial e o primeiro fundo de capital empreendedor patrocinado por fundos de primeira linha do Vale do Silício, destacou que não vê o Bitcoin, na forma como está configurado atualmente, como uma opção viável de pagamento.

Segundo reportagem do Valor, para Rodrigues, o Bitcoin ainda tem muitos problemas para resolver antes de ser uma opção viável de pagamento, entre elas, as taxas envolvidas nas transações, a escalabilidade e o tempo necessário para confirmação na blockchain.

“Uma rede da Visa ou da Mastercard, por exemplo, faz uma transação em 20 milisegundos, mas transferir valores com o Bitcoin demora 10 minutos. Quando a rede está congestionada, já levou até 18 horas para completar a operação”, disse ele.

Embora não seja contrário à tecnologia, o sócio da Redpoint acredita que o Bitcoin é muito mais uma reserva de valor do que um meio de pagamento efetivo, pelo menos nos moldes atuais, pois estes problemas citados inviabilizam a criptomoeda como uma moeda propriamente dita.

“É uma moeda? Hoje ainda não”, afirmou.

A opinião de Rodrigues está longe de ser única e também é compartilhada pelo presidente do banco central de Israel que, no início deste ano, também afirmou que as criptomoedas, o Bitcoin especificamente, servem muito mais como ativos e reservas de valor do que como meio de troca e moeda.

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“A posição do Banco de Israel é que elas (moedas virtuais) deveriam ser vistas como ativo financeiro”, disse Baudot-Trajtenberg em uma reunião do comitê de finanças do parlamento de Israel, observando que “não há qualquer responsabilidade do governo para com os investidores em Bitcoin”, completou.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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