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Sócio de casa de análise critica troca da bolsa por criptomoedas: “opinião mudará na primeira queda”

Mais uma vez as criptomoedas descolam da bolsa de valores, sobretudo no Brasil. Enquanto o Ibovespa (IBOV) acumula queda de 4,11% em outubro, o Bitcoin (BTC) registra ganhos de 34,4%.

Com isso, muitos brasileiros começam a trocar a bolsa pelas criptomoedas em busca de rendimentos maiores. Mas Felipe Tadewald, sócio da Suno Research, criticou a decisão. Para ele, essa troca denota um comportamento pró-cíclico, ou seja, de entrar num ativo apenas porque seu preço está em alta.

Nesse sentido, os investidores estariam vendendo bolsa na baixa e comprando Bitcoin na alta. O comportamento é comum no mercado financeiro e tende a gerar perdas no longo prazo.

Na visão de Tadewald, as criptomoedas não funciona como um investimento, mas sim como proteção inflacionária, visto que ele “não gera valor”. E a maioria dos investidores vai se arrepender da troca na primeira correção.

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Analistas da Suno já criticaram valorização do Bitcoin

As críticas de Tadewald já foram ditas por analistas da Suno, embora de formas diferentes. Tiago Reis, analista e fundador da research, chegou a dizer em 2018 que “o sonho das criptomoedas acabou.” A declaração foi escrita em 6 de fevereiro de 2018, época na qual o BTC tinha acabado de entrar numa correção após a máxima histórica de 2017.

“O sonho das cripto moedas (sic) acabou. Pode até subir um pouco, mas a maioria delas jamais retornará ao topo histórico. Lição: não existe dinheiro fácil no mercado. Não existe alternativa: sucesso demora tempo em investimento. Os maiores investidores do mundo tem cabelos brancos”, afirmou Reis.

No entanto, a declaração envelheceu muito mal em apenas três anos. Desde que o tuíte foi escrito, o BTC saiu de US$ 8,2 mil para os atuais US$ 59.127, o que representa uma valorização acumulada de 669%.

Correções fortes são parte do ciclo, diz analista

De fato, o BTC enfrentou pelo menos duas grandes correções ao longo desse tempo. A mais grave delas ocorreu em 12 de março – o chamado coronacrash – quando o preço desabou 50% em apenas um dia.

Mas de acordo com Fernanda Guardian, analista da Levante Investimentos, correções fortes fazem parte da história do BTC. De fato, elas estão intrinsecamente ligadas aos ciclos próprios da criptomoeda, que apesar do curto histórico, se mostraram acurados até o momento.

“Como o mercado de ações e qualquer outro ativo, o BTC é cíclico. Mas o fato desses ciclos ocorrerem não invalida a tese de longo prazo do ativo em si. Os ciclos são afetados pelo halving do BTC, pois com o choque da oferta, o ciclo de alta foi bastante impulsionado. Isso ocorreu em 2013 e 2017, os dois exemplos que temos hoje”, explica Guardian.

No halving, a oferta de BTC minerados é cortada pela metade. O último corte, ocorrido no ano passado, reduziu de 1.800 para 900 a quantidade de novos BTC que vão ao mercado diariamente. Com esse choque de oferta, o preço registrou aumentos sucessivos desde então.

Portanto, a tendência do ciclo é manter a trajetória de alta, seguida de correções no meio do caminho. E para um ativo que valorizou 669% em três anos, correções de 50% são perfeitamente naturais. Por fim, fatores externos também devem influenciar para o preço seguir em alta.

“Questões macro de inflação, governos imprimindo dinheiro e as fragilidades da economia. Mesmo que o ciclo acabe, uma correção faz parte do processo e, na verdade, pode servir como uma oportunidade de compra antes do próximo halving, previsto para ocorrer em 2024”, finaliza.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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