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Site de notícias russo arrecada R$ 1,3 milhão em criptomoedas após ser sancionado

Mais uma vez, empresas russas alvos de sanções do Ocidente estão encontrando nas criptomoedas uma forma de financiamento. Dessa vez, quem recorreu aos criptoativos após ser sancionada foi o site de notícias independente da Rússia Meduza.

Após as sanções pela invasão russa à Ucrânia, os leitores russos do portal não conseguiram mais fazer pagamentos para financiar o site. Os pagamentos dos clientes são a principal fonte de dinheiro para o site de notícias.

Agora, Meduza conta com fontes alternativas de financiamento, como criptomoedas.

“Não podemos prever que as sanções dos governos ocidentais virão primeiro e destruirão nosso financiamento coletivo”, afirmou o editor-chefe Ivan Kolpakov. 

Empresas russas recorrem às criptomoedas

O presidente da Rússia Vladimir Putin proibiu reportagem de portais independentes sobre a guerra no Leste Europeu.

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Conforme noticiou a Forbes, Meduza continua a publicar suas investigações. No entanto, as informações são bloqueadas em território russo. Dessa forma, os leitores precisam acessar o site por meio de redes privadas virtuais.

Além disso, o site sugeriu que os leitores baixassem seu aplicativo de notícias e seguissem seu canal no Telegram, o que foi atendido. Apesar disso, após as restrições, o site Meduza perdeu quase um terço de seu tráfego e, mais do que nunca, precisa de fundos para continuar publicando.

Em vez de depender de doações de seus 30.000 seguidores russos, Meduza agora está apelando ao seu público internacional para doarem dólares, euros ou criptomoedas para ajudar seus 25 jornalistas.

A página de doação do site inclui instruções sobre como comprar Bitcoin e Ethereum na Binance. Além disso, fornece orientações sobre o envio de pagamentos não rastreáveis ​​usando Monero, para aqueles preocupados com o anonimato.

Com  sede na Letônia, Meduza afirma relatar “a verdadeira Rússia, hoje”. O site aceita doações em cripto desde abril de 2021. São aceitas criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ether (ETH), BNB , Tether (USDT), Monero (XMR) e Zcash (ZEC).

De acordo com dados on-chain, desde que publicou seu pedido de doações, a empresa recebeu US$ 250.000 em  criptomoedas. Ou seja, cerca de R$ 1,3 milhão. Ao todo, foram mais de 146.000 transações individuais. 

Segundo o Cointelegraph, cerca de 93% do valor total da doação veio na forma de Bitcoin (3,75 BTC) com US$ 116.954 e Ethereum (49,9 ETH) com US$ 117.767.

Rússia recorre às criptomoedas

Mas não são só as empresas que estão vendo nas criptomoedas uma possibilidade para driblar as sanções Ocidentais.

Afinal, conforme noticiado pelo CriptoFácil, o Ministério das Finanças da Rússia está trabalhando em um projeto de lei para legalizar o uso de criptomoedas no país.

O projeto de lei visa tornar a criptomoeda um modo de pagamento reconhecido e um ativo de investimento. De acordo com o portal local Kommersant, que teve acesso ao documento, a legislação contém uma estrutura regulatória detalhada e aborda, sobretudo, a mineração e a circulação de criptoativos.

O projeto também introduz o conceito de compradores profissionais e não profissionais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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