Shiba Inu (SHIB): shitcoin ou vale investir?

A memecoin Shiba Inu (SHIB) é um criptoativo polêmico no mercado cripto. Enquanto alguns investidores acreditam que o token tem potencial para “ir à lua”, em termos de valorização, outros veem o ativo digital como um “shitcoin”, ou seja, uma criptomoedas sem fundamentos e sem boas perspectivas.

Para saber se vale a pena investir em Shiba Inu ou não, o CriptoFácil conversou com alguns especialistas do mercado.

Entre outras coisas, eles destacaram que até é possível lucrar com Shiba Inu, embora o token não seja, necessariamente, a melhor escolha a longo prazo. Também há quem acredite que SHIB e outros tokens baseados em memes só servem para fazer desenvolvedores lucrarem.

Sobre a Shiba Inu

Criada em agosto de 2020, a Shiba Inu nasceu inspirada na primeira memecoin Dogecoin (DOGE). Ele se descreve, na verdade, como uma “Dogecoin Killer”.

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O nome do projeto faz referência a raça de cães japonesa de mesmo nome, que vem da região de Chubu. 

O suprimento inicial de SHIB era de 1 quatrilhão. Mas metade dessa quantidade foi dada ao cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, que acabou doando tudo para caridade. Regularmente, centenas de milhões desses tokens são queimados para manter sua estabilidade. 

Conforme explicou o especialista em criptomoedas e anfitrião do canal BitNada, Felipe Escudero Shiba Inu foi mais uma moeda meme que veio a partir do hype da Dogecoin.

“Em Janeiro de 2021 o mercado cripto explodiu, e com ele muitas altcoins e memecoins baseadas na Doge valorizaram. Shiba foi a que mais recebeu destaque.”

De fato, SHIB teve um desempenho impressionante em 2021 no auge das memecoins.

Valorização de Shiba Inu

Em janeiro do ano passado, o token custava US$ 0,000008541. Após uma subida vertiginosa, o criptoativo atingiu seu topo histórico de US$ 0,00008845 no final de outubro, registrando, assim, uma valorização de 935% em cerca de 9 meses.

Segundo Escudero, no processo de valorização em 2021, a comunidade em torno de SHIB cresceu significativamente:

“A comunidade cresceu muito rápido, na esperança de moeda que valia frações de centavos e poderia ganhar destaque e crescer e chegar a cotação de um dólar.”

Contudo, depois de registrar a ATH, a comunidade não foi suficiente para segurar o preço do token, que despencou:

“Obviamente, SHIB nunca chegou a US$ 1 e o hype ‘falhou’. Muita gente que comprou Shiba Inu no topo hoje amarga um prejuízo de mais de 70%. Lembrando que do topo histórico ao valor mínimo de 2022, a desvalorização superou 80%”, observou o especialista.

No momento da escrita, SHIB está custando US$ 0,0000249, tendo recuado mais de 6% nas últimas 24 horas.

Shiba Inu deixou de ser memecoin?

Apesar de ter nascido como memecoin, Shiba Inu vem se esforçando para ser mais que isso. Em dezembro de 2021, a equipe por trás do projeto implementou um um sistema de governança comunitária conhecido como Doggy DAO.

Trata-se de uma organização autônoma descentralizada, controlada pela comunidade Shiba Inu, que é alimentada pelo token BONE. Os membros do Doggy DAO usam o token para votar em propostas

Outro desenvolvimento da plataforma Shiba Inu é o Shibarium, atualização de camada 2 do Shiba Inu que permitirá aos usuários realizar transações com taxas de Gas mais baixas do que as atualmente disponíveis na rede Ethereum.

Ainda, de olho no hype do metaverso, Shiba Inu lançou recentemente seu próprio projeto.

O Metaverso de Shiba Inu é conhecido como Shiberse. Seu primeiro projeto neste espaço com tema de cachorro é Shiba Lands. Este projeto visa permitir a posse de terrenos virtuais no Shiberse.

E aí, vale investir em Shiba Inu?

Para o especialista em criptomoedas, Paulo Aragão, cofundador do CriptoFácil, SHIB não tem fundamentos fortes, mas pode ser uma opção para negociações de curto prazo, com especulação:

“Shiba Inu, na minha opinião, é uma memecoin, ou seja, um criptoativo baseado em meme, e sem nenhum fundamento a médio e longo prazo. Então, eu não acredito no projeto pensando a médio ou longo prazo. Contudo, é claro que, para quem quer simplesmente especular com o ativo é uma possibilidade”, destacou Aragão.

O especialista explicou que a falta de fundamentos de SHIB fica ainda mais nítida quando o mercado está em queda.

“Quando o Bitcoin cai, é natural que essas memecoins caiam em um percentual ainda mais expressivo, como foi o caso de SHIB. Eu, particularmente, não me exponho em memecoin devido ao meu perfil de investidor. Eu prefiro me expor em projetos de médio a longo prazo, em que possa fazer hold com mais tranqulidade”, concluiu.

Já Edilson Lauro, do canal Investimentos Digitais, acredita que SHIB não é, exatamente, uma boa opção de investimento:

“Basicamente, memecoins são uma forma de os desenvolvedores lucrarem alto e não resolvem problemas reais. Por existirem trilhões ou quatrilhões de moedas, há a impressão que se está comprando moeda barata. No entanto, da mesma forma que pode subir muito, pode cair muito também.”

Conforme destacou Edilson, mesmo o sistema de queima implementado por SHIB para tornar os tokens deflacionários não é efetivo devido à enorme quantidade de tokens no mercado.

“Isso só serve para impressionar os novatos que viram sócio-torcedor de moedas baratas”, disse Edilson. “Quem quiser investir um valor irrisório em SHIB, beleza. Mas eu não recomendo investir um valor muito alto porque depois, a longo prazo, o projeto não se sustenta”, concluiu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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