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A gestora global de investimentos VanEck destacou em um artigo intitulado “11 previsões para 2023” que o curto prazo não é bom para o Bitcoin. De acordo com a empresa, o BTC não deve subir no curto prazo como preveem alguns analistas e o início de 2023 não deve ser positivo para o preço do Bitcoin.
O documento elaborado pelo diretor de Ativos Digitais da VanEck, Matthew Sigel, indica que o preço da criptomoeda irá e permanecerá em uma faixa entre US$ 10.000 e US$ 12.000. No entanto, segundo a empresa este patamar marcará o fundo para o Bitcoin. Assim, depois deste período renovado de baixa, o bear market chegará oficialmente ao fim.
Com isso, para o segundo semestre de 2023, o estudo de VanEck prevê uma recuperação do preço do BTC para US$ 30.000. No período mencionado, a combinação de vários fatores como uma possível trégua na Ucrânia e inflação mais baixa, por exemplo, são fundamentais. Dessa forma, esses fatores podem ser o gatilho para dar início a um novo período de alta para o Bitcoin , diz o relatório.
Em relação aos motivos que levariam o preço do Bitcoin a uma nova queda de quase 40%, a VanEck apontou, sobretudo, os mineradores. A empresa acredita que o principal motivo seja uma intensa capitulação dos mineradores de Bitcoin.
“O Bitcoin testará US$ 10-12.000 no primeiro trimestre em meio a uma onda de falências de mineradoras, marcando o ponto mais baixo do inverno cripto”, diz o relatório.
Além disso, a VanEck menciona o MVIS Global Digital Assets Mining Index, que rastreia empresas de mineração de Bitcoin.
“A capitalização de mercado média do MVIS Global Digital Assets Mining Index é agora de apenas US$ 180 milhões, com quase todos os seus constituintes gastando dinheiro e negociando bem abaixo do valor contábil”, constata a pesquisa.
O estudo afirma que, com a mineração de Bitcoin se tornando não lucrativa, muitos mineradores irão se reestruturar ou se fundir.
Há também uma previsão adicional de que outro fator aceleraria a queda do primeiro trimestre de 2023. Trata-se da perda da Ripple em seu processo contra a SEC, o que possivelmente acontecerá no início do ano, aponta VanEck. “Isso mataria quase todo o mercado em alta pós-2020”, diz VanEck.
“No segundo semestre de 2023, o Bitcoin subirá para US$ 30.000. Inflação mais baixa, diminuição das preocupações com energia, uma possível trégua na Ucrânia e uma mudança na oferta de M2 levarão ao início de um novo mercado em alta”, afirma o relatório.
O relatório observa que as criptomoedas em geral “sofreram um mercado de baixa brutal em 2022”. Ele menciona que muitas empresas do setor implodiram e que a confiança está bastante baixa.
“O Bitcoin foi negociado como um ativo de risco no ano passado e tem sido sensível a aumentos nas taxas de juros”, conclui a gestora.
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