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Sega interrompe planos de jogos em blockchain e diz que play-to-earn é ‘chato’

A renomada desenvolvedora de jogos Sega anunciou recentemente um recuo estratégico em suas iniciativas envolvendo a tecnologia blockchain. A empresa justificou a decisão citando a potencial desvalorização de seu conteúdo como principal motivo.

Com sede em Tóquio, a Sega é responsável por famosos títulos de jogos, como Sonic the Hedgehog e Virtua Fighter. No entanto, segundo Shuji Utsumi, codiretor de operações da empresa, os consumidores não verão blockchain ou criptomoedas incorporadas em seus produtos no futuro próximo.

Além disso, Utsumi confirmou que a Sega também está colocando em pausa os planos de desenvolver jogos baseados em blockchain.

A movimentação surpreendeu muitos observadores do mercado, que previam que a empresa seguiria o exemplo de concorrentes como Ubisoft e Square Enix na exploração da blockchain, NFTs e, potencialmente, criptomoedas.

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“A mecânica de jogos em blockchain play-to-earn é chata. Qual é o objetivo se os jogos não são divertidos?”, disse Utsumi.

Segundo o executivo, a Sega agora aguarda para verificar se os produtos baseados em blockchain realmente se estabelecerão no setor de jogos. No entanto, até lá, todos as iniciativas da empresa no setor serão paralisadas.

Blockchain games

A Sega iniciou as explorações do uso de blockchain em seus jogos e franquias no ano passado, chegando inclusive a registrar a marca Sega NFT no Japão em dezembro de 2021, período em que os mercados de criptomoedas atingiram picos significativos.

Mas a única incursão efetiva da Sega em jogos blockchain ocorreu em novembro passado, quando a empresa aparentemente fez uma parceria com o estúdio japonês double jump.tokyo para o desenvolvimento de um jogo de cartas baseado em blockchain na plataforma Oasys.

Embora muitos afirmem que a tecnologia blockchain tem o potencial de revolucionar a indústria de jogos, permitindo a propriedade e o comércio ponto a ponto de ativos dentro dos jogos, nem todos estão convencidos dessa possibilidade.

Entre as preocupações estão a supercomercialização, ambientes do tipo play-to-play, escassez artificial, problemas técnicos, design ruim, bem como a acessibilidade limitada de conteúdo restrito.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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