Categorias Notícias

SEC dos EUA lança orientação sobre criptoativos há muito tempo esperada

Uma equipe da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos publicou uma estrutura para ajudar os participantes do mercado a determinarem se um ativo digital é ou não considerado um contrato de investimento e, portanto, uma garantia (valor mobiliário).

De acordo com o portal de notícias Cointelegraph, a nova “Estrutura para Análise de Contrato de Investimento de Ativos Digitais” foi publicada nesta quarta-feira, 03 de abril, acompanhada de uma declaração oficial da SEC.

A estrutura em si é fruto do trabalho de dois comissários da SEC: Bill Hinman, diretor da Divisão de Finanças Corporativas da SEC, e Valerie Szczepanik, consultor sênior de ativos digitais e inovação – informalmente conhecida como a “czarina dos criptoativos” da Comissão.

A publicação ressalta que a orientação é organizada exclusivamente pelos dois comissários. Ela não é uma regra, regulamento ou declaração oficial da SEC, que, segundo relatos, não aprovou nem desaprovou seu conteúdo.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Ferramenta de análise para criptoativos

Como os autores enfatizam, a estrutura não pretende ser definitiva nem fornecer aconselhamento jurídico formal, mas sim servir como uma ferramenta analítica que ajudará os operadores de Ofertas Iniciais de Moedas (ICO) e emissores de tokens a determinar se a oferta provavelmente será objeto de questionamento pelas leis federais de valores mobiliários.

Assim, os participantes do mercado devem consultar as regras e regulamentações formais disponíveis no Centro Estratégico de Inovação e Tecnologia Financeira da SEC (FinHub).

A estrutura concentra-se em determinar se um ativo digital possui as características de um tipo específico de ativo securitizado – um contrato de investimento – em vez de abranger toda a gama de possíveis classificações abarcadas pela SEC.

De acordo com o Teste Howey (utilizado pela SEC há 71 anos para avaliar contratos de investimentos), tal contrato é considerado como existente onde há um investimento em uma empresa comum, na qual os investidores são levados a esperar lucros gerados pela empresa.

A estrutura dos autores aborda detalhadamente todos os aspectos do teste Howey em relação aos ativos digitais, começando com o investimento de dinheiro e o elemento distinto de uma empresa comum que é válida para contratos de investimento. Em relação a este último, os autores observam que “na avaliação de ativos digitais, descobrimos que uma ‘empresa comum’ normalmente existe”.

A estrutura dedica apenas seis páginas ao critério mais complexo – “uma expectativa razoável de lucros derivados dos esforços de outros” – observando que essa é geralmente a “questão principal na análise de um ativo digital sob o teste Howey”.

Os autores afirmam que grande parte da investigação para este critério concentra-se na realidade econômica da transação em si e “que caráter o instrumento é dado no comércio pelos termos da oferta, o plano de distribuição e os incentivos econômicos estendidos.

Atualmente, várias empresas e pessoas ligadas ao setor de criptoativos pedem à SEC que forneça regras mais claras para a avaliação de tokens baseados em blockchain sob as leis de valores mobiliários. Recentemente, a SEC anunciou a intenção de contratar um “consultor de criptoativos” para ajudar a Comissão a lidar com esse tipo de ativo.

Leia também: SEC dos Estados Unidos quer contratar um consultor de criptoativos

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.