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SEC dá ‘banho de água fria’ no mercado; Bitcoin cai e token dispara 36%

O preço do Bitcoin (BTC) abriu em queda de 0,7% nesta quarta-feira (16), caindo para US$ 29.152 na cotação internacional. No Brasil, a queda foi menor, de 0,2%, o que fez o BTC se manter acima dos R$ 145 mil. Tal movimentação ocorreu depois que notícias sobre a aprovação do ETF nos Estados Unidos desanimaram o mercado.

Conforme noticiou o CriptoFácil, a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) deve postergar ao máximo a aprovação dos vários pedidos de ETF. Dessa forma, o fundo pode chegar ao mercado apenas no segundo trimestre de 2024, pouco antes da data programada para o halving do Bitcoin.

A notícia caiu como um balde de água fria no mercado e contribuiu para a queda no valor do Bitcoin. E dessa vez, as quedas das criptomoedas do Top 10 acompanharam o movimento com muito mais intensidade. Quem registrou as maiores perdas foi a Solana (SOL), que perdeu 5,9%, e a Dogecoin (DOGE), com queda de 4,8%. A XRP perdeu 4,2%, e nenhuma das criptomoedas operou em alta.

O valor de mercado das criptomoedas caiu 1,3% e agora opera abaixo de US$ 1,2 trilhão (US$ 1,19 trilhão), enquanto o volume do mercado subiu 24,7% e chegou a US$ 32 bilhões. A dominância do BTC disparou para 47,3% e a do Ether (ETH) teve leve alta para 18,3%, totalizando 65,6% do total.

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Mais perdas

Para Fernando Pereira, da Bitget, a nova ameaça de desvalorização do Bitcoin reside no desempenho do dólar, já que a moeda estadunidense dá sinais de recuperação. E uma tendência de alta no dólar geralmente indica mais otimismo dos investidores com títulos do governo, por exemplo.

Nesse caso, os investimentos de alto risco tendem a sofrer correções, e o Bitcoin não é diferente.

“O movimento de pivô de alta, configurado no gráfico do dólar, deve resultar em uma alta até R$5,10. Dólar subindo geralmente significa bitcoin desvalorizando. A região de US$25.600 é meu alvo para a principal moeda do mercado nas próximas semanas”, disse Pereira.

Por outro lado, o Top 100 registrou algumas valorizações expressivas, embora pouco mais de dez criptomoedas tenham registrado ganhos ao longo da manhã. A principal delas foi a SEI, que disparou 36% e registrou de longe o melhor desempenho, ainda motivada pelo seu lançamento na exchange Coinbase.

Em contrapartida, o HBAR devolveu grande parte dos ganhos registrados na terça-feira (15), quando o token chegou a se valorizar quase 20%. Isso ocorreu após o FedNow (que é o “pix dos EUA”) fornecer suporte para a blockchain Hedera, que utiliza o HBAR como seu token principal.

Futuros e liquidações

Tanto os volumes de futuros e as liquidações de criptomoedas registraram ganhos nas últimas 24 horas, conforme mostram os dados do Coinglass. Nos futuros, o volume registrou alta de 20% e chegou a US$ 54,9 bilhões, com a Binance movimentando US$ 7,42 bilhões. A Bitget movimentou US$ 2,42 bilhões e a OKX veio em seguida, com US$ 2,56 bilhões.

Por outro lado, as liquidações dispararam 282% e resultaram num volume total de US$ 140 milhões. A maioria dos liquidados era de compradores, que sofreram perdas da ordem de US$ 130 milhões. Dessa vez as posições de ETH causaram mais perdas que as de Bitcoin, mas outras criptomoedas superaram o volume somado de ambas.

A maior liquidação individual ocorreu justamente em uma negociação de ETH na Binance, que resultou numa perda de US$ 2,34 milhões. Outros 62.733 traders sofreram liquidações nas últimas 24 horas, o que mostra a grande amplitude das perdas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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