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Se você tem curiosidades sobre como abrir uma corretora de criptomoedas, confira algumas dicas

Com o crescimento da base de usuários de criptomoedas, aumentaram as oportunidades para a criação de exchanges brasileiras, e é exatamente o que temos acompanhado no mercado nacional, no qual, recentemente, novas corretoras de criptomoedas são lançadas com frequência.

Segundo dados da ferramenta bitValor, em 2017 foram movimentados mais de R$8 bilhões nas exchanges registradas no site, com um potencial aumento do volume de negociação para mais de R$18 bilhões neste ano.

Se você ficou impressionado com esta cifra e tem curiosidade sobre quais os passos que deveria seguir para iniciar atividades de uma exchange de criptomoedas, aqui vão algumas dicas:

Planejamento

Não adianta começar nenhum negócio sem planejamento devido. Desde escolha do sócio até dos colaboradores, procure pessoas que agreguem ao negócio. Realize uma boa pesquisa de mercado, desenvolva um planejamento tributário e financeiro e procure um bom contador e um bom advogado.

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O advogado auxiliará na elaboração de contratos, termos de uso da plataforma, entre outros termos, conforme legislação atual, além de outras assessorias jurídicas necessárias. Já o contador ficará responsável pela realização do planejamento tributário, entrega de relatórios de contabilidade conforme as normas exigidas, estruturação de áreas de gestão controladoria aplicando contabilidade consultiva e outros serviços conforme contrato de prestação de serviços.

Além disso, ao iniciar este tipo de negócio, são necessárias as contratações de pessoas para o atendimento e auxílio de cadastro de novos usuários, além de uma equipe para desenvolver a marca, o site e outros itens de comunicação.

Processo de abertura

Na prática, o processo para abertura de uma corretora de criptomoedas enfrenta as mesmas burocracias que uma empresa de prestação de serviços. Utiliza-se o sistema do governo que chamado RLE (Registro e Licenciamento de Empresas), que integra informações com a Receita Federal, Junta Comercial, Estado e Prefeitura. O processo levar de 20 a 40 dias, dependendo de fatores, e o custo depende do profissional contratado.

Plataforma

O desenvolvimento da plataforma é uma das partes cruciais do negócio, determinando a experiência do usuário e como as criptomoedas serão negociadas. Atualmente, existem exchanges brasileiras têm plataformas próprias, como a Walltime.

Atendimento

A equipe de atendimento é a porta de entrada de muitas pessoas na corretora. Em negócios iniciais, o atendimento provavelmente será conduzido pelos próprios donos.

Segurança

Para garantir a segurança da empresa e plataforma, é necessário:

  • Utilizar ferramentas para fortalecimento de senha
  • Sistemas de autenticação de duas etapas
  • Sistemas de criptografia
  • Utilizar certificados de segurança web
  • Utilizar servidores confiáveis para instalar a plataforma
  • Utilizar múltiplas assinaturas nas carteiras de criptomoedas

Compliance

Uma exchange de criptomoedas precisa atender a legislação vigente, como por exemplo o código do consumidor (quando estiver atendendo pessoas), código comercial (para negócios com outras empresas) e o código tributário, além de atender às regras estabelecidas para combate de crimes como lavagem de dinheiro.

É bem mais prático criar um cadastro de cliente com apenas email e senha, porém é muito mais seguro para todas as partes exigir foto de documentos do usuário no momento em que ele for se registrar no site.

Controladoria e Tesouraria

Uma corretora, além de cuidar dos seus recursos, precisa cuidar dos recursos dos seus clientes e por isso alguns controles são necessários.

  • Contas bancárias separadas: é importante ter pelo menos uma conta institucional (conta que vai ser utilizada para receber a receita gerada com taxas e para pagar despesas da empresa)
  • Conta depósito de clientes: o dinheiro não é da corretora, logo esta conta é demonstrada como passivo no balanço
  • Carteira online e offline: na carteira online devem ficar guardados os Bitcoins que estão sendo negociados na plataforma durante o dia, já na carteira offline devem ficar guardados os outros Bitcoins. É importante que a própria corretora alerte seus usuários de que exchange não é carteira
  • Realizar conciliações entre valores depositados e sacados na plataforma e contas depósitos (exemplo: se a pessoa fez uma solicitação de depósito de 100 e ele foi aceito precisa ter os mesmos 100 reais no banco e na plataforma para a negociação)
  • Controlar fluxo de caixa da corretora, contas a pagar e emissão de notas fiscais referente a receita gerada

Atenção! Este artigo tem a única finalidade de demonstrar algumas dicas para pessoas que possuem curiosidades sobre como iniciar negócios de exchange de criptomoedas. Caso realmente se interesse pelo assunto, o Criptomoedas Fácil recomenda a contratação de profissionais.

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