Foto: Freepik / Bloomberg Images - Montagem: Leonardo Vanuqui
O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, precisa pagar uma fiança de US$ 250 milhões para ser solto. A fiança pode ser o maior valor já pago antes de um julgamento, superando o caso do famoso fraudador financeiro Bernie Madoff, que recebeu um acordo de fiança de US$ 10 milhões em 2008.
De qualquer forma, Bankman-Fried terá que ficar confinado na casa de seus pais em Palo Alto, Califórnia. O acordo de fiança foi apresentado por um juiz federal na primeira audiência do fundador da FTX em um tribunal federal de Nova York nesta quinta-feira (22).
Bankman-Fried enfrenta acusações que incluem fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e violação de leis de financiamento de campanha. Todas as acusações estão ligadas à falência da FTX.
Conforme apontou o promotor assistente dos EUA, Nick Roos, durante a audiência de quinta-feira, SBF ter concordado com a extradição ajudou na fiança.
“Esta foi uma fraude de proporções épicas”, disse Roos. “Se esse fosse o único teste, a detenção provavelmente seria o mais correto. Mas ele consentiu voluntariamente com a extradição. Isso deve receber peso”, disse.
A fiança contará com a assinatura de Bankman-Fried, de seus pais e um membro não familiar, de acordo com o processo judicial. Além disso, ele deve se apresentar aos serviços pré-julgamento na Califórnia às 10h de sexta-feira.
“O réu alcançou notoriedade suficiente para que fosse impossível para ele continuar as transações financeiras. Essa notoriedade também vale para o risco de fuga”, disse o juiz federal Gabriel Gorenstein durante a audiência. “Então, vou permitir a liberação.”
Seus pais garantiram sua fiança com o patrimônio de sua casa. Isso porque SBF afirmou que, após o colapso da empresa que fundou e sua renúncia como CEO, ele tinha “apenas” US$ 100 mil em sua conta bancária.
Por fim, sobre a fiança, o advogado de defesa afirmou que SBF concordou com os termos oferecidos. Destaca-se que não foi oferecida fiança a SBF quando ele foi preso nas Bahamas a mando das autoridades americanas sob a alegação de que apresentava risco de fuga.
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