Mercado

RWA: Ativos do Mundo Real para ficar de olho

Os Ativos do Mundo Real (Real World Assets, ou RWA) estão ganhando notoriedade no mercado de criptomoedas por sua função de representar ativos do mundo “real” (ou físico) dentro da blockchain. Exemplos destes são imóveis, commodities e arte. Por meio dos RWA, usuários podem “tokenizar” esses ativos e levá-los para o mundo digital via blockchain.

Dentro desse segmento dos ativos digitais, alguns projetos se destacam, este é o caso de Maple Finance (MPL), Goldfinch (GFI) e Centrifuge (CFG), de acordo com levantamento do CoinGecko.

Maple Finance (MPL)

A Maple Finance é uma infraestrutura institucional de mercado de capitais. A plataforma permite que os mutuários institucionais explorem o ecossistema DeFi para empréstimos. Dentro do protocolo, há três partes envolvidas: os mutuários institucionais, que precisam de empréstimos; os lenders, que depositam capital nos pools da Maple Finance; e os Pool Delegates, que gerenciam os pools da Maple Finance.

No processo de empréstimo, os Pool Delegates conduzem a devida diligência e negociam os termos com os mutuários institucionais. O processo envolve os processos de Conheça seu cliente (KYC) e Antilavagem de dinheiro (AML).

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Uma vez que os Pool Delegates estabelecem que esses mutuários institucionais podem receber empréstimos, os lenders identificam os pools nos quais desejam depositar. Depois, os tomadores de empréstimos institucionais podem acessar o capital.

O token nativo do protocolo é o MPL. O criptoativo permite que os detentores de token participem da governança, compartilhem as receitas de taxas e participem do seguro para pools de liquidez. No momento da redação desta matéria, o token está custando R$ 33,30, de acordo com dados do CoinGecko, tendo recuado cerca de 6% nas últimas 24 horas.

Goldfinch (GFI)

Outro projeto de destaque no setor de RWA é o Goldfinch (GFI). O protocolo está focado em empréstimos para empresas do mundo físico e, particularmente, empresas em mercados emergentes. O protocolo atende a uma ampla gama de negócios e oferece rendimentos que vão até 30%.

Há três partes envolvidas: mutuários, investidores (Backers e Liquidity Providers) e os auditores, que fazem a diligência do processo.

No processo, os mutuários passam por uma auditoria para determinar se são elegíveis para o empréstimo. Uma vez aprovados, eles podem criar pools de empréstimos e determinar os termos de crédito. Então, os investidores entram para fornecer capital. Por fim, os “patrocinadores” fornecem capital diretamente para os grupos de mutuários. Os provedores de liquidez fornecem capital para Goldfinch, que é então alocado em todos os pools de mutuários.

O token nativo GFI é um token Ethereum que governa o Goldfinch. De acordo com o projeto, o criptoativo visa tornar os empréstimos mais acessíveis, permitindo empréstimos que podem usar garantias dentro e fora da cadeia. No momento da redação, GFI está custando R$ 2,00 tendo valorizado cerca de 2% nas últimas 24 horas.

Centrifuge (CFG)

Por fim, outro projeto promissor em RWA é o Centrifuge (CFG). Mas, diferentemente dos projetos anteriores, o Centrifuge permite que mais formas de ativos do mundo real sejam trazidas para o ecossistema e tem um mecanismo ligeiramente diferente ao incorporar Tokens Não Fungíveis (NFTs). Esse protocolo envolve duas partes: os originadores de ativos, que tokenizam seus ativos físicos em NFTs, e os investidores, que atuam como credores.

O aplicativo descentralizado da Centrifuge (dApp) é conhecido como Tinlake, e serve como um dApp de mercado e investimento. No processo, um originador de ativos conecta um ativo do mundo real usando Tinlake. Este ativo é convertido em NFT, que inclui a documentação legal relevante.

Então, os originadores de ativos criam pools de ativos usando o ativo tokenizado como garantia subjacente. Em seguida, após a criação do pool, dois tokens são criados: tokens DROP e tokens TIN.

Tokens DROP e TIN

Dessa forma, os investidores podem decidir em qual pool fornecer capital com base em seu perfil de risco individual, comprando tokens DROP ou TIN. Os detentores de tokens DROP têm um retorno garantido, determinado por uma função de taxa que possui juros fixos por pool, compostos a cada segundo.

Enquanto isso, os detentores de tokens TIN não têm retorno garantido, eles recebem um rendimento variável baseado nos retornos de investimento do pool, que podem ser maiores do que os retornos de manter tokens DROP.

Ou seja, os detentores de tokens TIN correm um risco maior. Afinal, assumem a primeira perda no caso de inadimplência de um mutuário.

O token nativo de Centrifuge é o CFG, e serve para staking, pagamento de taxas de transação e participação na governança. Além disso, o token é usado para recompensar os provedores de liquidez em Tinlake. No momento da escrita, o token CFG está custando R$ 1,09, tendo valorizado 1,3% nas últimas 24 horas.

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.