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Rússia se apressa para lançar rublo digital em meio às sanções

Em meio às novas sanções impostas pela União Europeia e Estados Unidos, a Rússia está avançando com seu projeto de moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

De acordo com o governo russo, o país terá um “rublo digital”  até o próximo ano. Segundo as autoridades, a moeda digital russa permitirá que o país faça pagamentos internacionais.

Ao mesmo tempo, a Rússia quer expandir o número de países que aceitam seus cartões bancários administrados pelo banco central.

As iniciativas são a alternativa que Moscou encontrou para conseguir realizar pagamentos importantes, enquanto as sanções ocidentais cortam o país de grande parte do sistema financeiro global.

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Rússia avança com CBDC

Conforme noticiou a Reuters nesta sexta-feira (22), a presidente do banco central do país, Elvira Nabiullina, afirmou que a autoridade monetária da Rússia planeja que o rublo digital seja usado a partir de 2023 em alguns acordos internacionais.

“O rublo digital está entre os projetos prioritários”, disse ela à Câmara Baixa do Parlamento da Rússia. “Criamos rapidamente um protótipo. Agora estamos realizando testes com bancos e no próximo ano teremos gradualmente transações-piloto.”

A Rússia é apenas mais um dos países dos muitos que estão testando ou planejando lançar um CBDC nacional.

A primeira nação do mundo a ter uma moeda digital nacional foi Bahamas. Enquanto isso, entre as maiores economias do mundo, a China é a que mais avançou nesse sentido. O país já está testando o “yuan digital”.

No Brasil, a promessa é que o piloto do real digital chegue seja lançado já no segundo semestre deste ano.

Pagamentos internacionais com cartão russo

Outro ponto abordado por Nabiullina em sua fala à Câmara Baixa foi a ampliação do número de países que aceitam os cartões bancários MIR do banco central. MIR é uma alternativa aos cartões Visa e Mastercard.

No atual cenário, o MIR e o UnionPay da China estão entre as poucas opções que restam para os russos fazerem pagamentos no exterior.

Desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, o ocidente impôs diversas sanções a Moscou. As mais recentes datam da última quarta-feira (20).

Os EUA, por exemplo, sancionaram a empresa russa de mineração de Bitcoin BitRiver. Com isso, a companhia não poderá operar nos EUA, bem como realizar negócios com empresas estadunidenses.

Além disso, a Binance anunciou na última quinta-feira (21) que vai limitar seus serviços para pessoas e empresas baseadas na Rússia.

Cidadãos russos ou pessoas físicas residentes na Rússia, ou pessoas jurídicas estabelecidas na Rússia, que tenham criptoativos que excedam o valor de 10.000 EUR, terão que comprovar seus endereços.

Essas contas serão colocadas no modo somente saque. Ou seja, nenhum depósito ou negociação serão permitidos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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