Eventos

‘Rolante é grande exemplo de como a criptoeconomia pode estar presente no nosso cotidiano’, diz 2GO

O CriptoFácil estará presente no “Bitcoin Spring Festival” de Rolante, no Rio Grande do Sul, a cidade mais Bitcoiner do mundo. Serão mais de 10 palestrantes, empresas e atrações culturais que estarão na cidade no dia 30 de setembro.

Em parceria com a 2GO Bank, patrocinadora máster do evento, o CriptoFácil fará uma transmissão ao vivo no camarote 2GO Bank, onde será possível acompanhar toda a movimentação do festival na Biergarten Eltz. Além disso, o camarote terá entrevistas exclusivas com os palestrantes e as empresas apoiadoras do evento.

E, para fazer um esquenta do evento, o CriptoFácil realizou uma entrevista exclusiva com o diretor de produtos da 2GO Bank, Conrado Convento, para conversar sobre o festival, sobre a empresa e também as perspectivas para o Bitcoin.

Quais os principais serviços que a 2GO Bank possui hoje e qual seu público-alvo atual?

Conrado: Nossa proposta é ser mais que uma instituição de pagamentos. Aqui na 2GO Bank, nós oferecemos soluções financeiras e digitais para pessoas físicas e jurídicas, a fim de facilitar e desburocratizar o dia a dia das operações.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Para o mundo cripto, contamos com soluções que vão facilitar o uso dos ativos digitais. Afinal, oferecemos a infraestrutura completa para as operações de criptomoedas e da Web3.0. Além disso, temos um motor próprio de liquidação, que garante mais agilidade na hora de liquidar os criptoativos.

Em que a 2GO Bank se diferencia em relação aos concorrentes em termos de serviços e segurança?

Conrado: Compliance é um dos nossos diferenciais e é um fator-chave para que a 2GO Bank cumpra com as suas responsabilidades em todas as frentes – corporativas, jurídicas, fiscais, ambientais e de consumo – em linha, inclusive, com as boas práticas de ESG, cada vez mais demandadas no mercado. Contamos com um amplo programa de integridade para prevenir a lavagem de dinheiro (PLD/FT-AML) e a corrupção.

Outro diferencial é que as nossas soluções são desenvolvidas com tecnologia própria e podem ser totalmente adaptadas ao negócio do cliente, de acordo com a necessidade específica de cada um. Afinal, a 2GO se adequa ao cliente e ao que ele almeja, prezando pela segurança, tecnologia e transparência, para que ele possa operar e expandir seus negócios com tranquilidade.

Em meio a um Bear Market pesado, vocês continuam apoiando grandes eventos no Brasil. Como vocês enxergam a importância desses eventos mesmo em meio a um cenário de queda nos preços das criptomoedas?

Conrado: O mercado de criptomoedas é um ecossistema dinâmico e em constante evolução. Estamos nos eventos para sempre acompanhar as tendências, apresentar nossos produtos e trocar informações com os outros players do mercado e buscar oportunidades de negócio.

Além disso, acreditamos muito nesse mercado e, por isso, investir nesses eventos é uma maneira de contribuirmos com a consolidação dos ativos digitais no Brasil.

Quais fatores mais chamaram a atenção no Bitcoin Spring Festival e que levaram a 2 GO Bank a decidir entrar no evento como patrocinadora máster?

Conrado: As pessoas precisam descobrir cada vez mais que o Brasil tem a cidade considerada como mais Bitcoin do planeta, que é Rolante.

Lá, um número impressionante de estabelecimentos utiliza criptomoeda como forma de pagamento. Esse é um grande exemplo de como a criptoeconomia pode estar presente no nosso cotidiano. Em breve, teremos cada vez mais cidades com o comércio se adaptando ao mercado cripto e suas inúmeras possibilidades. É nisso que acreditamos.

O Brasil é destaque global em criptomoedas como investimento e agora também tem a cidade mais bitcoinizada do planeta. Como vocês avaliam o momento atual das criptomoedas no Brasil e qual o potencial desse mercado no nosso país?

Conrado: O mundo cripto também vem ganhando cada vez mais espaço, tivemos recentemente o Marco Legal dos Criptoativos no Brasil. Dessa forma, esse mercado ainda tende a crescer e a estar no cotidiano das pessoas e empresas.

Para impulsionar cada vez mais esse mercado, a 2GO Bank atua como provedora de liquidez de criptoativos. Por meio da nossa mesa própria de operações, deixamos as operações mais ágeis, com a possibilidade de fazer a movimentação de grandes volumes de ativos. Também temos a solução pix-crypto, que converte moeda FIAT (moeda fiduciária emitida pelos bancos centrais) para ativos digitais de forma instantânea.

Segundo dados da Receita Federal, o Brasil tem uma quantidade de investidores de criptomoedas maior do que CPFs na bolsa. A que vocês atribuem esse grande interesse dos brasileiros?

Conrado: A crescente adesão dos brasileiros às criptomoedas é, em parte, um reflexo da desconfiança em relação às instituições financeiras tradicionais, agravada por históricos episódios de instabilidades econômicas no país.

O Brasil, com suas flutuações de inflação e desvalorização do Real, levou muitos a enxergarem nas criptomoedas, especialmente o Bitcoin, uma forma de preservar o valor de seus ativos. Além disso, a busca por diversificação é outro fator relevante, muitos investidores veem nas criptomoedas uma oportunidade de inserção em uma classe de ativos não correlacionada com os mercados tradicionais.

Ao mesmo tempo, a facilidade de acesso às plataformas de negociação de cripto torna essa escolha ainda mais atrativa, especialmente quando comparada com os procedimentos por vezes burocráticos da bolsa de valores.

A possibilidade de altos retornos, apesar dos riscos associados, também seduz muitos brasileiros, impulsionados por histórias de ganhos expressivos no mundo cripto. E, claro, não podemos esquecer do perfil jovem e tecnológico da população, sempre aberto a inovações.

Embora muitos brasileiros invistam em criptomoedas, o uso do Bitcoin como moeda ainda é muito baixo no Brasil. Como a 2GO Bank acha que esse uso pode aumentar e quais os planos do banco para acelerar essa adoção?

Conrado: A maior aceitação do Bitcoin como moeda no Brasil passa por uma combinação de fatores educacionais, de infraestrutura e regulatórios. Primeiro, a educação financeira e a familiaridade com o universo cripto são fundamentais.

Ao capacitar e informar o público sobre os benefícios e riscos das criptomoedas e suas possíveis utilizações no dia a dia, pode-se naturalmente incrementar a confiança e, por consequência, o uso.

A infraestrutura também desempenha um papel crucial: estabelecimentos comerciais e plataformas de e-commerce devem adotar sistemas de pagamento compatíveis, facilitando as transações em Bitcoin. O aspecto regulatório é igualmente importante. Isso porque um ambiente legislativo claro e favorável pode encorajar empresas a integrarem o Bitcoin em seus sistemas de pagamento sem receio de consequências jurídicas imprevisíveis.

No que diz ao papel da 2GO nesse processo, devemos acelerar a adoção do Bitcoin ao oferecer produtos e serviços relacionados, como contas denominadas em Bitcoin, cartões de débito ou crédito cripto, ou mesmo facilitando a conversão entre moedas fiduciárias e criptomoedas.

Firmando parcerias com instituições financeiras que queiram incorporar a criptoeconomia em suas operações, ajudando os bancos a navegarem neste novo território, garantindo soluções seguras e eficientes para seus clientes. E, claro, manter nosso compliance atualizado e em conformidade com as regulamentações garante que os consumidores se sintam seguros ao usar Bitcoin em suas operações bancárias diárias.

A união entre bancos e Bitcoin infelizmente gerou casos de fraudes que ficaram infames no Brasil. Vocês acreditam que esses casos podem ter algum impacto negativo na adoção das criptomoedas?

Conrado: Sem dúvida, incidentes de fraudes associados a bancos e Bitcoin no Brasil geraram preocupações e certa desconfiança no público. No entanto, é importante contextualizar que o setor financeiro, seja ele tradicional ou inovador como o das criptomoedas, não está imune a malfeitores e a práticas inadequadas. O que observamos é que, à medida que a tecnologia avança e os sistemas se tornam mais robustos, as oportunidades para fraudes diminuem.

Não só a 2GO, mas percebemos que grandes empresas, plataformas e instituições financeiras estão implementando protocolos de segurança cada vez mais rigorosos. Além disso, estão investindo significativamente em tecnologias para garantir a integridade das transações e proteger os usuários.

Com a combinação de avanços tecnológicos, regulamentações mais claras e um compromisso coletivo em prol da transparência e segurança, acredita-se que o impacto desses casos infames diminuirá ao longo do tempo, permitindo que a confiança nas criptomoedas continue a crescer.

Por fim, o halving é um evento que historicamente catalisa grandes valorizações para o Bitcoin. Quais vocês acham que serão os principais impactos do halving de 2024?

Conrado: O halving do Bitcoin, evento que ocorre aproximadamente a cada quatro anos, é uma característica intrínseca à sua programação. O evento resulta na redução pela metade da recompensa concedida aos mineradores.

Historicamente, essa ocasião tem coincidido com períodos de valorização para o Bitcoin, embora o preço também seja influenciado por uma miríade de outros fatores de mercado.

Para o halving de 2024, pode-se esperar uma pressão de oferta reduzida. Isso porque os mineradores receberão menos Bitcoin como recompensa por cada bloco minerado. Isso, em teoria, poderia levar a uma oferta mais escassa no mercado, possivelmente pressionando os preços para cima.

Além disso, a crescente conscientização sobre o halving pode atrair mais atenção da mídia e novos investidores, catalisando ainda mais o interesse. Contudo, é vital lembrar que o ambiente cripto é volátil e sujeito a influências externas, como regulações e macroeconomia global, o que pode temperar ou amplificar os efeitos do halving.

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.