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Robinhood tem mais de R$ 55 bilhões em criptomoedas, revela documento

A plataforma de investimentos Robinhood protocolou nesta quinta-feira (1º) seu aguardado pedido de oferta pública inicial (IPO). O documento revela uma custódia de US$ 11,6 bilhões (R$ 58,45 bilhões) em criptomoedas no fim do primeiro trimestre. Agora, a empresa planeja levantar até US$ 100 milhões para abertura de capital que deve ocorrer em agosto ou setembro.

“Solicitamos listar nossas ações ordinárias Classe A na Nasdaq com o símbolo ‘HOOD’”, diz o registro S-1 enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).

Resultados financeiros: 1º trimestre de 2021

O documento enviado à SEC revelou pela primeira vez os resultados financeiros da empresa.

De acordo com o registro, a Robinhood encerrou o primeiro trimestre de 2021 com US$ 522 milhões em receitas. Em comparação com os US$ 128 milhões ganhos no primeiro trimestre de 2020, trata-se de um aumento de 309%.

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Entretanto, apesar do crescimento na receita, a empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 1,4 bilhão no mesmo período. Conforme informou a plataforma, o resultado negativo foi devido a muitos gastos na aquisição de clientes.

Já os ativos sob gestão dispararam. Em 31 de março de 2020, eram US$ 19,2 bilhões e, no fim de março deste ano, o valor saltou 316% para US$ 80 bilhões.

Como mencionado, só em criptomoedas, são mais de US$ 11,6 bilhões contra US$ 480 milhões que detinha um ano antes.

No Twitter, o analista do The Block, Larry Cermak, destacou alguns dados relevantes sobre as participações em criptomoedas:

“17% da receita total no primeiro trimestre vieram das criptomoedas (em comparação com 4% no quarto trimestre [de 2020]). 34% da receita total de criptomoedas no primeiro trimestre veio da negociação de Dogecoin.”

Sobre a enorme importância da Dogecoin, a Robinhood afirmou que se a demanda por DOGE diminuir e não for substituída por nova demanda, os negócios, condição financeira e resultados podem ser “adversamente afetados”.

Resultados de 2020

Já em relação a 2020, a Robinhood teve uma receita de US$ 959 milhões; 245% maior que os US$ 278 milhões em 2019.

Além disso, no que diz respeito ao lucro líquido obtido no ano passado, o valor foi de US$ 7 milhões. Em 2019, o resultado foi um prejuízo líquido de US$ 107 milhões.

Ademais, o número de usuários da plataforma com suporte a criptomoedas também aumentou. Atualmente, são mais de 11,7 milhões de usuários ativos mensais, que representa um crescimento de 172% em relação aos 4,3 milhões de usuários no ano anterior.

Sobre a IPO

A IPO da Robinhood será um evento marcante para a indústria de criptomoedas. Afinal, a plataforma lançada em 2013 é considerada um dos aplicativos de negociação mais populares entre os jovens.

Especificamente sobre a IPO, a Robinhood afirmou que planeja alocar entre 20% e 35% de suas ações para seus clientes de varejo.

A liberação do documento S-1 é uma das últimas etapas que uma empresa deve realizar antes de listar suas ações publicamente. Assim, é possível que a abertura de capital ocorra, de fato, nos próximos meses.

Vale destacar que o pedido de IPO acontece um dia depois da Robinhood receber a maior penalidade de todos os tempos por parte da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira, a FINRA. Agora, a empresa terá que pagar cerca de US$ 70 milhões em multas por ter causado “danos significativos” aos usuários. 

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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