Categorias Notícias

Réu da Lava Jato foi acusado de desviar dinheiro de pirâmide financeira

Atualização, 14h48, 11 de setembro de 2020: a presente matéria foi atualizada após o recebimento de uma nota enviada pela assessoria de imprensa de Antônio Augusto de Souza Coelho. Ela se encontra, em sua integralidade, no fim do texto.

O advogado Antônio Augusto de Souza Coelho se tornou réu da Lava Jato após a operação E$quema $, deflagrada nesta quarta-feira (9) pela Polícia Federal.

A operação tinha como alvo escritórios de advocacia que teriam sido usados para gerenciar propinas.

Entretanto, de acordo com uma matéria da Veja, o novo réu, foi também investigado por ter desviado dinheiro de um golpe que ficou conhecido como Boi Gordo. Depois, segundo documentos recebidos nesta sexta-feira,11, pela equipe do CriptoFácil, ele foi inocentado das acusações. Inclusive, ele continua advogado da Associação de Credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Trata-se de um dos maiores esquemas de pirâmide que faliu em 2004 e deixou um passivo de R$ 4,2 bilhões.

Pirâmide Boi Gordo

A empresa Fazendas Reunidas Boi Gordo (FRBG) prometia altos retornos a quem investisse em bezerros e na “engorda do gado”. O esquema, com propagandas no horário nobre da TV, prometida retornos de até 42% em 18 meses. Por isso, teria atraído cerca de 30 mil pessoas.

Entretanto, o esquema não passava de um golpe de pirâmide financeira. Já que os investidores iniciais eram pagos com recursos de novos participantes e não com o dinheiro do gado.

Sobre a Operação E$quema $

Segundo a PF, o objetivo da operação deflagrada na quarta-feira era desarticular um esquema de pagamento a escritórios de advocacia.

Isso porque esses escritórios atuavam em conluio com o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, Orlando Santos Diniz.

As investigações apontam o desvio de mais de R$ 150 milhões de entidades do Sistema S, como Sesc e Senac.

Agora, o advogado e os outros réus responderão por tráfico de influência, exploração de prestígio, peculato, estelionato. Além disso, também responderão por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Nota da assessoria de imprensa

A assessoria jurídica de Antônio Augusto de Souza Coelho encaminhou uma nota se posicionando sobre os fatos narrados nesta matéria.

A nota segue abaixo, em sua integralidade:

“A Advocacia Gonçalves Coelho e Antonio Augusto de Souza Coelho esclarecem que no caso citado pela coluna sobre a Associação de Credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo, ocorrido há quase 20 anos, a pessoa responsável pela acusação de apropriação de 12 mil – e não de 80 milhões – se retratou publicamente, confessando ter recebido suborno para proferir tais acusações, conforme documentos apresentados nos autos. O escritório foi desagravado pela acusadora no processo e também pela assembleia dos membros da Associação, para a qual continua advogando até hoje (prova maior de sua correção no processo), buscando as devidas indenizações a seus membros, prejudicados pela ação da empresa.

Em relação a Operação Omertà, de setembro de 2016, e que investiga o empresário Jamil Name, é importante frisar que o advogado Antonio Augusto de Souza Coelho é testemunha de acusação arrolada pelo Ministério Público e não investigado no processo.

Com relação as ações conduzidas nesta quarta-feira (09.09) a Advocacia Gonçalves Coelho e Antonio Augusto de Souza Coelho comprovarão a improcedência das acusações quando lhes for dada oportunidade de defesa. O escritório colabora com as autoridades para o esclarecimento dos fatos e reforça sua confiança na Justiça brasileira.”

Leia também: New Life está preparando um grande golpe, diz cliente que perdeu R$ 500 mil

Leia também: Gate.io é supostamente invadida pela polícia após listar token DeFi

Leia também: F2 Trading, FX Trading e MyHash: saiba quem é Philip Han

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.