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Reportagem mostra que mais de US$90 milhões de dinheiro ilegal foi lavado com Bitcoin e outras criptomoedas

Uma das principais alegações dos detratores do Bitcoin e também uma das maiores preocupações dos reguladores é em relação ao uso das criptomoedas para atividades ilegais, como lavagem de dinheiro, por exemplo. Segundo eles, a natureza anônima das operações com criptomoedas e seu caráter transfronteiriço é, de certa forma, um convite para a conversão de recursos obtidos de forma ilegal em dinheiro “limpo”.

Com foco neste tema, o Wall Street Jounal, agência de notícias norte-americana, realizou uma grande reportagem e verificou que cerca de US$90 milhões podem ter sido lavados com criptomoedas através de cerca de 46 exchanges, entre elas, a ShapeShift, que permite o comércio de criptomoedas (no par cripto/cripto) sem a necessidade de qualquer tipo de cadastro. Além disso, serviços de armazenamento, como o Blockchain.com, disponibilizam a “troca” de criptomoedas dentro da plataforma por meio de uma API integrada com a ShapeShift.

Segundo o jornal, somente por meio da plataforma, mais de US$9 milhões foram “lavados” através de 2.500 endereços associados a atividades criminosas que buscam converter as criptomoedas que possuem em Monero, justamente para evitar o rastreamento de seus ativos.

Embora o número milionário possa impactar, ele é relativamente baixo tendo em vista as outras formas usadas por criminosos para lavar recursos indevidos. No Brasil, por exemplo, estima-se que cerca de R$6 bilhões sejam lavados anualmente sem qualquer necessidade de usar Bitcoin ou outras criptomoedas.

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Segundo um negociante de Bitcoin ouvido pelo Criptomoedas Fácil, apenas usuários experientes, como hackers, usam criptomoedas para este fim, a grande maioria dos negociantes que operam grandes valores no Brasil utilizam criptomoedas para envios transfronteiriços, em busca de uma alternativa mais rentável que as oferecidas por bancos e doleiros.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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