Relembre 4 tokens promovidos por McAfee que causaram sua prisão

Na quarta-feira (23), o empresário John McAfee foi encontrado morto na Espanha, onde estava preso desde outubro de 2020. McAfee foi acusado de ganhar R$ 126 milhões promovendo Ofertas Iniciais de Moedas, ou ICOs.

O período de “atividade” de McAfee ocorreu entre o final de 2017 e meados de 2018, exatamente a época do auge das ICOs. Primeiramente, ele divulgava algumas criptomoedas que considerava interessantes. Posteriormente, o alvo do empresário passou a ser as ICOs, cuja divulgação era realizada como a “ICO da semana”.

É interessante verificar quais foram alguns dos projetos, bem como a situação na qual se encontram atualmente.

Bezop (BEZ)

Logo no primeiro dia de 2018, McAfee publicou um tuíte recomendando um token que ele chamou de “versão distribuída da Amazon”. O token em questão levava um nome sugestivo: Bezop, em referência ao CEO da Amazon, Jeff Bezos.

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Segundo McAfee, a rede Bezop permitia a criação de sites para e-commerce com uma infraestrutura semelhante à da Amazon. Contudo, os sites não dependiam dos serviços da empresa para funcionar, visto que operavam direto na blockchain.

O token BEZ foi lançado em fevereiro de 2018 e, à primeira vista, o marketing deu resultado. Seu preço chegou a dobrar e atingir os R$ 2,00 em 10 de março. Contudo, o projeto não vingou e acabou perdendo valor ao longo do tempo. Atualmente, o BEZ vale apenas R$ 0,01 por unidade.

Electroneum (ELN)

O ano de 2017 foi bastante prolífico para McAfee e suas indicações diárias. Em 21 de dezembro daquele ano, veio à tona a primeira de suas indicações: o ELN. O token alimentava a Electroneum, plataforma de pagamentos instantâneos para celular lançada no final daquele ano.

Depois que McAfee indicou o token, seu preço disparou 40% em questão de horas. Ao longo dos dias, o ELN chegou a crescer 300%, atingindo sua máxima em 6 de janeiro de 2018 em R$ 0,72.

Assim como o BEZ, o ELN perdeu força após os efeitos da propaganda e perdeu mais de 90% do seu valor. Ele chegou a ter quase 1.000% de valorização entre 5 de fevereiro e 28 de março deste ano, porém, o movimento foi passageiro. Hoje, o ELN vale apenas R$ 0,03.

Verge (XVG)

O XVG ganhou destaque após realizar parcerias com sites de entretenimento adulto. Entretanto, antes disso, ela caiu nas graças – e nos tuítes – de McAfee. Em dezembro de 2017, o empresário orientou um seguidor a investir US$ 5.000 em tokens XVG, cerca de R$ 16,5 mil na cotação da época.

No mesmo dia, McAfee descreveu o XVG como uma “oportunidade imperdível”. No entanto, ele apagou a mensagem. Dois dias depois, outro seguidor acusou-o de inflar artificialmente o preço do token7, ao que ele justificou alegando que não possuía XVG.

Nesse ínterim, a XVG chegou a ter uma alta superior a 4.000%, atingindo sua máxima histórica. Após o hype, no entanto, nem McAfee nem o Pornhub conseguiram manter o preço de pé. Consequentemente, o preço da XVG vale cerca de R$ 0,11 nos dias atuais.

Moozicore (MZG)

A Moozicore é, sem dúvidas, a mais obscura das criptomoedas indicadas nesta lista, mas chamou a atenção de McAfee em 15 de janeiro de 2018. O empresário afirmou que tratava-se de uma versão em blockchain de plataformas como o Spotify. Nela, os clientes votavam nas músicas e as empresas recebem comissões por cada votação.

McAfee chegou até a postar o relatório com uma suposta auditoria do projeto, cujo link não está mais em operação. Também não existem dados a respeito de preço no CoinMarketCap ou em outros buscadores do tipo.

Em resumo, McAfee foi condenado por receber dinheiro de sete projetos de ICOs entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Nenhum deles foi revelado pela investigação. Porém, a lista acima mostra que não faltam opções na farta e controversa história de John McAfee com as criptomoedas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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