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Relatório revela que a maioria das exchanges ainda não possui políticas claras de KYC

Revelado exclusivamente para a agência de notícias CoinDesk, um estudo com 216 exchanges espalhadas pelo mundo, realizado pela startup Coinfirm, descobriu que 69% das exchanges não possuem procedimentos “completos e transparentes” de conhecimento do cliente (KYC). O estudo também descobriu que apenas 26% das exchanges tinham um nível “alto” de procedimentos de combate à lavagem de dinheiro (AML), como monitoramento contínuo de transações e pessoal de conformidade interno com experiência em processos de AML.

Enquanto algumas pessoas podem enxergar o anonimato como uma característica do mercado de criptomoedas, não um problema, também pode permitir práticas comerciais problemáticas.

Por exemplo, outro estudo recente da Bitwise Asset Management, alegou que quase 95% do volume de negociação de Bitcoin amplamente divulgado era na verdade um artifício, muitas vezes envolvendo bots automatizados ou estatísticas mal informadas de exchanges não regulamentadas. O CEO da Coinfirm, Pawel Kuskowski, disse à CoinDesk que muitas dessas plataformas requerem apenas um endereço de criptomoeda para começar.

“Você não coloca nenhum identificador como um endereço de e-mail. Isso é o quão baixo pode ser”, disse Kuskowski sobre certas práticas do setor. “Por outro lado, temos uma videoconferência como parte da integração em que alguém está verificando se os documentos que você está fornecendo estão alinhados com o que você tem em mãos.”

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Durante todo o processo de pesquisa, a equipe da Coinfirm também descobriu que algumas exchanges não implementaram totalmente as políticas oficiais em seus sites. Por exemplo, os usuários do Binance de países restritos supostamente conseguiram usar a plataforma simplesmente usando uma rede privada virtual (VPN) para ofuscar sua localização.

No relatório, a Coinfirm identificou a Binance como tendo um risco regulatório “alto” baseado na “exposição a atividades anônimas”, uma vez que os depósitos e retiradas de valores abaixo de dois Bitcoins (menos de US$8.000 no momento da escrita) não exigem KYC desde fevereiro de 2019.

Samuel Lim, chefe de compliance da Binance, negou esta afirmação de que os usuários podem depositar e retirar milhares de dólares em criptomoedas sem qualquer KYC, embora ele não tenha especificado os requisitos KYC da Binance. Em vez disso, Lim disse:

“Onde a indústria está atualmente, é um esforço ambicioso, ainda que contínuo, implementar um requisito único de KYC para atender a todos os nossos usuários e empresas. No entanto, em todas as jurisdições em que atua, a Binance adere a todas as regras e regulamentos locais e criou confiança entre o público por meio de seus desenvolvimentos, serviços e valores desde a sua criação. Para todos os nossos negócios regulados / licenciados, o padrão seguido é o modelo que é aprovado pelo órgão regulador, incluindo Jersey, Uganda, Malta e Cingapura.”

Um funcionário da CoinDesk em Nova York era capaz de fazer pequenas transações de criptomoedas sem KYC ou VPN usando a Binance, enquanto a compra de Bitcoin com cartão de crédito parecia exigir KYC. Isso remonta à 2018, quando a procuradora-geral Barbara Underwood disse que a Binance, a Kraken e a Gate.io alegaram não atender clientes em Nova York e, como tal, seus colegas não puderam determinar se essas plataformas permitiam “negociações manipulativas ou abusivas”, isso sem mencionar a negociação de valores mobiliários não registrados.

Independentemente de como a política de KYC é realmente aplicada, fica claro que a Binance está tomando medidas para reforçar seus procedimentos de conformidade. Nesta semana, a exchange anunciou uma parceria com a empresa de análise IdentityMind para “melhorar as medidas existentes de proteção e conformidade de dados para as operações globais da Binance”.

No geral, em várias exchanges – incluindo Coinsquare, Coinbase, Gemini e a Poloniex de propriedade da Circle -, Kuskowski da Coinfirm identificou como “baixo risco” devido a licenças oficiais e políticas rigorosas de KYC / AML.

Quando solicitado a descrever a estratégia de conformidade da Poloniex, um porta-voz disse:

“A Circle se orgulha de seu relacionamento de longa data com os reguladores dos EUA e internacionais: apenas por alguns exemplos, somos uma empresa de serviços monetários registrados com a FinCEN, recebemos a primeira BitLicense do Estado de Nova York e possuímos uma licença de eMoney no Reino Unido.”

O amplo espectro de procedimentos de conformidade forçada não foi a parte mais surpreendente desta pesquisa para Kuskowski. Era a estrutura legal por trás de algumas plataformas, incluindo várias das mais famosas exchanges com grandes volumes da indústria, que Kuskowski se recusou a nomear.

Leia também: CoinMarketCap se pronuncia após dados da Bitwise sobre volumes falsos de exchanges

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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