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Relatório do Deutsche Bank indica o que falta para o Bitcoin tornar-se uma moeda

O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha e da Europa, lançou a primeira parte um relatório em três séries chamado: “O Futuro dos Pagamentos”. O relatório traz um panorama geral sobre a evolução dos meios de pagamento nas principais economias do mundo – China, EUA, Alemanha, Reino Unido, França e outros.

Algumas informações são muito relevantes e mostram contrastes: enquanto na China, os meios digitais são os mais utilizados em pagamentos, o dinheiro em espécie ainda é o método de pagamento preferido na Alemanha. Sobre as criptomoedas, o Deutsche Bank afirma que elas “passaram o ponto de inflexão necessário para deixarem de ser uma moda”, mas que ainda estão no “estágio de adoção antecipada”, muito atrás dos meios de pagamento tradicionais.

De acordo com o documento, as flutuações de preço das criptomoedas não as tornam um reserva de valor nem meio de pagamento”confiáveis”. Sobre o Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, o banco disse que é “muito volátil para ser uma reserva de valor confiável.” Em sua afirmação, o banco utilizou como exemplos as fortes flutuações de preço do Bitcoin durante 2017 e 2018.

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Meios de pagamento

O relatório também aponta que os pagamentos em Bitcoin também representam uma fração “minúscula” do total de pagamentos globais, embora tenha dito que o volume desses pagamentos aumentou exponencialmente nos últimos anos.

A título de comparação, os meios de pagamentos por carteiras digitais (Apple Pay, Samsung Pay e outros) já atingem 80% na China. Em contraste, o dinheiro vivo (cash) é o meio de pagamento mais popular entre 60% da população da Alemanha. As criptomoedas não surgem como destaque em nenhum dos países avaliados.

No geral, o banco acredita que as criptomoedas têm o potencial de “revolucionar” os sistemas de pagamentos, especialmente nos países em desenvolvimento e naqueles cuja penetração dos meios digitais ainda é pequena. O documento também coloca o fato de que os métodos de pagamento digitais tendem a substituir o cartão de crédito no médio prazo, o que pode representar um cenário positivo para as criptomoedas.

“No futuro, pode não ser surpreendente se uma nova e tradicional criptomoeda surgir inesperadamente”, acrescentou.

Na segunda parte da série, também publicada na semana passada, o Deutsche Bank disse que o dinheiro em espécie estaria disponível por “décadas vindouras”. A terceira parte – “Moedas digitais: a melhor ferramenta de força” – publicada na segunda-feira, 27 de janeiro, afirma que “um novo moeda digital poderá se tornar dominante nos próximos dois anos.”

“Ainda nos seus estágios iniciais, as moedas digitais têm o potencial de mudar radicalmente pagamentos, bancos, bancos centrais e o equilíbrio do poder econômico”, afirmou o banco.

No mês passado, conforme relatou o CriptoFácil, o Deutsche Bank afirmou que as criptomoedas têm potencial para substituir o dinheiro a partir de 2030, pois o atual sistema fiduciário parece “frágil”. Ele acrescentou na época que, para que isso ocorra, as criptomoedas precisam se tornar legal aos olhos dos governos e reguladores financeiros.

Leia também: Deutsche Bank junta-se à rede blockchain liderada pelo JP Morgan

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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