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Relatório aponta que exchanges brasileiras negociaram R$6,9 bilhões em Bitcoin durante 2018

Mesmo com o Bitcoin perdendo valor ao longo de todo 2018, o mercado de criptomoedas negociou mais de R$6 bilhões durante o ano, de acordo com um relatório independente produzido pelo analista Fernando Tancredi.

No documento, intitulado Relatório Anual – Mercado Brasileiro de Criptomoedas 2018, Tancredi revela que o número, embora vistoso, é até 22% menor do que o volume verificado em 2017 e foi majoritariamente alto nos três primeiros meses do ano (janeiro, fevereiro e março de 2018) caindo até 71% nos meses subsequentes.

Volume BRL por mês

O administrador de empresas, formado pela FGV, revela que para produzir o relatório analisou os dados de 35 exchanges brasileiras, buscando responder às perguntas: Qual foi o volume total negociado no Brasil em 2018?; Quantos trades os brasileiros fizeram no último ano?; Qual foi a exchange brasileira com maior fatia do mercado (market share)?; Quantas novas exchanges surgiram nos últimos meses?

Entre os dados revelados por Tancredi, a exchange Foxbit, que passou por inúmeros problemas ao longo do ano, perdendo a liderança do mercado no ano passado, foi, contudo, a plataforma que mais negociou Bitcoin em reais, devido, principalmente, ao volume transacionado no primeiro trimestre do ano.

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“Mesmo passando por alguns percalços ao longo do ano, incluindo dias fora do ar e uma migração completa de plataforma, a Foxbit foi a maior exchange em 2018 em termos de volume de Bitcoin negociado em reais. Os primeiros meses do ano realmente fizeram a diferença para ela, que ficou com 32,34% do mercado. Em seguida, s Mercado Bitcoin conquistou a 2ª posição, com 25,85% de share; BitcoinTrade ficou em 3º, com 15,73%; Bitcambio em 4º, com 8,08%; e BitcoinToYou em 5º, com 4,89%.”, aponta.

Market Share
Ranking Mensal

De acordo com os dados, as top 5 exchanges somam mais de 87% do volume de transações do mercado nacional.

“É interessante notar, nesse aspecto, que a concentração de mercado diminuiu ao longo dos meses, com a chegada de novas exchanges. Especialmente após julho, mês que marcou a migração de plataforma da Foxbit, o market share das 5 maiores exchanges começou a diminuir mais acentuadamente. Em dezembro, esse valor ficou em 71,01%, com destaque para setembro, quando chegou à mínima de 60,61%”, aponta o analista.

Os dados copilados por Tancredi são importantes para analisar o mercado nacional que carece, muitas vezes, de informações fidedignas que possam elucidar com clareza como tem se comportado esta indústria no Brasil, no entanto, o levantamento inclui a XDEX, plataforma de negociação de criptomoedas dos sócios da XP Investimentos, que contudo não permite a compra e venda de criptomoedas, assim, não pode produzir impacto nos volumes e preço do Bitcoin no Brasil. Entre as plataformas analisadas foi notada a ausência da NegocieCoins que é apontada pelo Cointradermonitor como a maior exchange do país, negociando em torno de 230 mil BTC dia.

No ano passado, um levantamento feito pelo Blockchain Transparency Institute (BTI) identificou que no Brasil, as exchanges pesquisadas, Mercado Bitcoin, Bitcoin Trade e Braziliex, informam corretamente seus volumes e receberam uma avaliação positiva da instituição.

Leia também: Comparativo de taxas entre as exchanges brasileiras

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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