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Regulador da UE não consegue encontrar funcionários para regular criptomoedas

Conforme a adoção dos ativos digitais cresce em todo o mundo, cresce também a preocupação com este setor, que ainda não tem regras bem definidas na maioria dos países.

Mas a regulação das criptomoedas pode ser uma tarefa mais difícil do que se pensa. Isso não só pela inovação e pela complexidade desses ativos, como também no que diz respeito à pessoal qualificado para esta função.

O regulador bancário da União Europeia (UE), por exemplo, disse que está com dificuldades em encontrar funcionários para trabalhar na elaboração de diretrizes para o setor. O órgão se prepara para aplicar novas regras no setor até o ano de 2025.

Problemas com pessoal especializado em cripto

Em entrevista recente, o atual presidente da Autoridade Bancária Europeia, José Manuel Campa, comentou sobre esse assunto. Entre outras coisas, ele destacou que a agência não possui a capacidade necessária para supervisionar os ativos digitais.

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De acordo com Campa, uma das grandes dificuldades é a contratação e a retenção de pessoal especializado. Segundo ele, o problema se refere em grande parte à alta demanda por talentos em criptomoedas em todo o mundo e em vários setores.

Conforme explicou ele, se as taxas atuais de crescimento seguirem como estão, em três anos os criptoativos podem ter “se movido e se transformado em outros usos que não se pode prever”.

“Minha preocupação é garantir que o risco que identificamos seja gerenciado adequadamente. Se não agirmos tão bem quanto deveríamos, teremos que conviver com as consequências”, disse ele em uma entrevista nesta quarta-feira (27).

Além disso, Campa expressou preocupação com a forma como a agência vai exercer os seus novos poderes neste mercado. Isso porque ainda não se sabe o que pode surgir de novo nas criptomoedas até o ano de 2025, visto as constantes mudanças no setor.

UE chega a acordo para regular ativos digitais

Vale destacar que, conforme noticiou o CriptoFácil, em junho deste ano o Conselho da UE chegou a um acordo para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo por meio de moedas digitais.

Entre outras coisas, a proposta prevê que as empresas de ativos digitais terão que verificar as identidades de seus clientes para rastrear as transferências.

Além disso, as novas regras preveem o reporte de transações suspeitas por parte dos provedores de serviços cripto aos órgãos reguladores.

Vai ser criada ainda uma Autoridade Antilavagem de Dinheiro (AMLA) para este fim. A AMLA vai fiscalizar as “entidades financeiras de alto risco e as transfronteiriças”. Isso inclui, por exemplo, as empresas de ativos digitais que eles julgam “arriscadas”. A ideia é  identificar quem está por trás de cada uma das transações.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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