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Receita de mineração de Bitcoin é a menor em dois anos

A baixa de preços do Bitcoin (BTC), associada a outros fatores, fizeram com que a receita obtida pelos mineradores da criptomoeda caísse para o seu valor mais baixo em cerca de dois anos. A receita total de mineração de Bitcoin, que soma as recompensas por blocos e as taxas de transação, caiu para US$ 11,67 milhões. Ou seja, cerca de R$ 63 milhões na cotação atual em reais.

Este é o valor mais baixo desde o dia 2 de novembro de 2020, conforme apurou o Cointelegraph. Naquela época, o preço de negociação do Bitcoin era de cerca de US$ 13.500 – 20% abaixo do preço atual de US$ 16.200.

Embora o preço atual do BTC sugira um aumento na receita da mineração, em comparação com novembro de 2020, outros fatores estão contribuindo para a queda das receitas. Isso inclui, por exemplo, os aumentos constantes na dificuldade de mineração de BTC e o aumento dos preços da energia para os equipamentos de mineração.

Dificuldade de mineração

A dificuldade para minerar um bloco de Bitcoin disparou para um recorde histórico de quase 37 trilhões. Como consequência, isso forçou os mineradores de Bitcoin a gastar mais energia e poder computacional para se manterem competitivos.

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Os ajustes de dificuldade de mineração de BTC ocorrem a cada 2.016 blocos. Ou seja, aproximadamente a cada duas semanas, em sincronia com a taxa de hash da rede. A dificuldade de minerar um bloco de Bitcoin refere-se à complexidade do processo matemático por trás da mineração. Esse fator se ajusta de forma automática para manter o tempo necessário para minerar um novo bloco constante em cerca de 10 minutos.

À medida que mais poder de computação se conecta à rede, a dificuldade aumenta. Por outro lado, à medida que o poder de computação sai da rede, a dificuldade diminui. Além disso, a dificuldade de mineração também reflete a segurança da rede Bitcoin. Afinal, quando maior a dificuldade de mineração e o hash rate, mais difícil é organizar um ataque contra o BTC.

Enquanto isso, nos últimos meses, a taxa de hash da rede Bitcoin declinou de forma constante. A taxa de hash atual é de cerca de 226 exahash por segundo (EH/s). Trata-se de uma queda de mais de 28,6% em relação ao recorde histórico de 316,7 EH/s em 31 de outubro de 2022. A taxa de hash é uma métrica que ajuda a proteger a rede Bitcoin de ataques de gasto duplo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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