Economia

Ray Dalio, fundador do maior fundo de hedge do mundo, renuncia

Ray Dalio, o bilionário fundador da Bridgewater Associates – o maior fundo de hedge do mundo – anunciou que abriu mão do controle da empresa, renunciando ao cargo de diretor de investimento. Agora, o futuro da empresa e os seus US$ 150 bilhões em ativos serão delegados a uma geração mais jovem de líderes.

Conforme noticiou a Bloomberg, Dalio transferiu todos os seus direitos de voto para o conselho de administração no dia 30 de setembro.

“Ray não tem mais a palavra final”, disse o copresidente executivo Nir Bar Dea em entrevista. “Essa é uma grande mudança.”

O bilionário de 73 anos, no entanto, vai manter a sua cadeira no conselho com um novo título: fundador e mentor do CIO. Em entrevista à Bloomberg, ele afirmou que não queria “morrer” à frente da empresa:

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“Esta foi a progressão natural dos eventos; assim que estávamos prontos, fomos em frente”, disse Dalio. “Eu não queria aguentar até morrer.”

Quando fundou a Bridgewater em 1975, Dalio era um ex-comerciante e corretor de commodities. O fundo de hedge cresceu e nos anos 2000 já acumulava dezenas de bilhões de dólares em ativos.

Dalio iniciou em 2010 o processo de transição da liderança da empresa, imaginando que esse processo levaria cerca de dois anos. Mas só agora, quase uma década depois, ele conseguiu realizar a sucessão. Ele deixou claro, no entanto, que não pretende vender sua participação minoritária na Bridgewater. É provável que, a partir de agora, a Bridgewater invista de forma mais agressiva em tecnologia e em pessoas.

Ray Dalio e Bitcoin: fã ou hater?

A relação de Ray Dalio com as criptomoedas, sobretudo com o Bitcoin, foi mudando ao longo do tempo à medida que o setor cripto cresceu e começou a chamar a atenção de todo o mercado.

Em 2020, conforme noticiou o CriptoFácil, Dalio chamou a maior criptomoeda do mercado de “bolha”. Além disso, afirmou que a moeda digital falhava como uma opção ao dinheiro físico e que ainda tinha um longo caminho a percorrer se quisesse servir como um meio de pagamento real. Isso porque a volatilidade da criptomoeda impedia o seu uso como forma de pagamento:

“Existem dois propósitos de dinheiro: um é o meio de troca e o outro é uma reserva de riqueza. E o Bitcoin não é eficaz em nenhum desses casos agora. […] é muito volátil. Por causa da volatilidade, você não pode ir além”, disse ele na época.

Mas, no ano seguinte, quando o Bitcoin ganhou os noticiários ao valorizar de forma expressiva, Dalio apresentou uma posição bem mais favorável ao ativo. O fundador do Bridgewater disse em um texto que achava o Bitcoin “uma baita invenção”. Além disso, afirmou que o espaço conquistado pela criptomoeda em dez anos foi um “incrível feito”. Por fim, ele disse que investiria no Bitcoin e não ligaria de perder 80% do seu capital.

Já neste ano de 2022, Dalio anunciou que a Bridgewater realizaria o seu primeiro investimento em um fundo de criptomoedas, mas sem dar muitos detalhes.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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