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Quer ter um banco central só seu? Fala com a Bitmain

Nesta semana, a Bitmain, maior empresa produtora de hardware de mineração do mundo, anunciou que pretende investir em até 30 startups para criar “bancos centrais privados” alimentados por blockchain.

No Brasil, o Banco Central é subordinado ao governo, embora tenha certa autonomia e independência, ele depende do Conselho Monetário Nacional e do Ministério da Fazenda. Em boa parte do mundo, principalmente na Europa, os bancos centrais são privados e não estão sujeitos às condições dos governos.

A declaração foi feita por Jihan Wu, co-fundador da empresa, durante o discurso de abertura da DC Blockchain Summit, de acordo a agência de notícias Coindesk, que esteve no evento. Wu abordou as diferenças entre bancos centrais que hoje trabalham exclusivamente com moeda fiduciária e a crescente demanda por criptomoedas, para depois revelar que a Bitmain (que está expandindo operações na Suíça, Canadá e EUA) pretende investir em startups que criem bancos centrais privados.

“Nós, da Bitmain, estamos muito interessados ??em startups de bancos centrais privados que usarão a tecnologia blockchain para emitir moedas privadas e configurá-lo como um serviço, de forma legal. Gostaríamos de investir em 20 a 30 delas, cujos esforços estão focados nesta economia emergente única.”

Wu não explicou como seria um banco central cripto. A função tradicional de um banco central é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do sistema financeiro como um todo. Além disso, tem o objetivo de definir as políticas monetárias (taxa de juros e câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. O banco faz isso interferindo no mercado financeiro, vendendo papéis do tesouro, regulando juros e avaliando os riscos econômicos para o país, entre outras ações.

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O anúncio sobre o projeto aconteceu no final do discurso de Wu, que abordou muitos temas, entre eles o declínio do domínio do Bitcoin no mercado das criptomoedas, que, segundo ele não é uma criptomoeda perfeita e por isso existe uma demanda de inúmeras opções do mercado e outras que ainda irão surgir.

“O fato é que o domínio do Bitcoin tem diminuído e vemos que muitas outras criptomoeda, como Ethereum e Dash, crescerem muito rápido. Não há criptomoeda perfeita hoje, então o mercado exigirá mais criptomoedas para dar conta de suas necessidades.”

Wu também abordou o tema da regulamentação e dos tokens. Para ele é preciso que os governos entendam que há uma nova ordem no mercado e que é necessário propor regulamentações que saibam como lidar com estas tecnologias novas e permitam o seu pleno desenvolvimento.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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