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Quase 50% das carteiras de Bitcoin registram prejuízos, revela pesquisa

Quase metade de todos os investidores de Bitcoin (BTC) está com prejuízos, conforme uma pesquisa realizada pelo IntoTheBlock. O levantamento analisou os dados de 43 milhões de carteiras e suas movimentações.

De acordo com o levantamento, 21,68 milhões de carteiras estão com suas operações no prejuízo. O valor corresponde a 47,2% de todas as carteiras analisadas. Outros 21,39 milhões de endereços ainda estão no positivo, o que dá 46,5% do total.

Os dados do IntoTheBlock levam em conta a forte correção no preço do BTC, que perdeu 18% ao longo dos últimos sete dias. Como resultado, o preço da criptomoeda ficou abaixo dos US$ 30 mil por breves momentos, afetando a lucratividade dos hodlers.

Aproximadamente 6,3% das carteiras, ou 2,88 milhões, estão com desempenho neutro. Ou seja, não registraram perdas nem lucros em suas operações. Por outro lado, a concentração de BTC nas mãos de grandes investidores alcançou 11%.

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De acordo com o CoinMarketCap, um BTC está negociado a US$ 31.457 no momento da produção deste texto. O valor corresponde a uma queda superior a 50% em relação a máxima histórica de US$ 68.789, atingida em novembro de 2021.

Exemplos anteriores

O atual percentual de endereços com prejuízos é algo raro na história do BTC. De fato, essa perda líquida em massa ocorreu poucas vezes ao longo dos últimos 13 anos. Somente quatro desses momentos tiveram alguma relevância.

A primeira vez foi entre o final de 2011 e o início de 2012, durante a primeira grande correção de preço do BTC. Naquela ocasião, a exchange Mt. Gox foi alvo de mais um ataque em 2011, o que causou um colapso no preço da criptomoeda. Finalmente, em janeiro de 2012, o BTC havia desabado de US$ 17,50 para meros US$ 0,01.

O segundo momento ocorreu entre 2014 e 2015, quando o BTC caiu de US$ 1.100 para menos de US$ 200. Houveram vários momentos nos quais as carteiras com prejuízos representavam a maioria dos investidores.

A terceira onda veio entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, quando o mercado de ações experimentou uma forte correção. Por fim, o último movimento deste tipo ocorreu no Coronacrash em março de 2020, quando o BTC caiu de US$ 8.000 para US$ 5.385 em um dia.

Momentos em que os endereços com prejuízos (vermelho) superam os lucrativos (verde). Fonte: IntoTheBlock.

A situação no chão

Desde o início do mês houve uma entrada enorme de BTC nas exchanges, algo que não ocorria há meses. Ou seja, o número de investidores dispostos a vender seus BTC aumentou.

O aumento do influxo sugere que os investidores estão buscando vender e trocar seus BTC por stablecoins ou moeda fiduciária. Esse movimento provavelmente contribuiu para acelerar a desvalorização no preço.

Ainda assim, os grandes investidores do mercado estão aproveitando as oportunidades para comprar barato. Nesse sentido, os veículos de investimento em BTC registraram fluxo positivo de US$ 40 milhões, um sinal de que os investidores estão aproveitando o mercado para aplicar nesses produtos a taxas reduzidas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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