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Próxima atualização do Bitcoin conectará carteiras de hardware a nós completos

É chegado o momento que muitos “nerds do Bitcoin” esperavam. Na próxima versão do Bitcoin Core, a 18ª versão principal do software mais usado da criptomoeda, o código permitirá, nativamente, que os usuários conectem os full nodes (nós completos) de Bitcoin às carteiras de hardware, conforme mostra o artigo da Coindesk.

Parece técnico, mas é um grande passo para a segurança dos usuários. Os nós completos do Bitcoin permitem que os usuários verifiquem que as transações realmente ocorreram, enquanto isso, as carteiras de hardware são consideradas uma das formas mais seguras de armazenar o Bitcoin. Assim, juntar os dois é uma grande vitória para os usuários que desejam ter controle total de seu Bitcoin – e não querem perdê-lo.

Wladimir van der Laan, encarregado de coordenar a próxima atualização, disse que é uma das atualizações que ele está mais empolgado há algum tempo.

Ainda assim, a mudança é parte de um esforço muito mais amplo para tornar os nós completos do Bitcoin mais fáceis de usar para pessoas que não “nerds de tecnologia”. A Casa, por exemplo, lançou um nó que funciona sem muita configuração necessária, enquanto os desenvolvedores do protocolo do Bitcoin estão constantemente tentando reduzir a quantidade de dados que os usuários precisam armazenar para executar um (como os usuários precisam armazenar todas as transações já enviadas na blockchain, é bem pesado).

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Então, primeiro, por que usar um nó completo de Bitcoin em primeiro lugar?

Para enviar uma transação na rede do Bitcoin, os usuários precisam conectar-se a um nó de Bitcoin. Os nós completos agora exigem algumas centenas de gigabytes de dados, o que é muito, o suficiente para encher um pequeno laptop.

Mas ele possui um propósito, pois, em vez de confiar que alguém está fornecendo informações financeiras corretas, como se você realmente recebeu uma transação ou não, é possível validar essa informação por conta própria.

Como a proposta de valor do Bitcoin é não confiar nos outros, alguns desenvolvedores vão ao ponto de argumentar que usar o Bitcoin de uma maneira que remova o nó completo derrota o propósito do Bitcoin.

O colaborador do Bitcoin Core Sjors Provoost, por exemplo, argumentou que a execução de um nó completo é útil para “saber que seu Bitcoin é real”, oferecendo o exemplo do Segwit2x, proposta do Bitcoin em 2017 na qual algumas empresas, mineradores e usuários propuseram a atualização da rede para um tamanho de bloco maior.

Depois, há a questão da privacidade. “O software de carteira que normalmente vem com carteiras de hardware revela seus endereços para um servidor de terceiros”, continuou Provoost. O nó completo substituiria este software de carteira, dando aos usuários privacidade novamente.

Esses problemas estão alimentando a ideia de que talvez um dia “todos” devam executar esse software de nó completo, para que não precisem confiar em ninguém para enviar informações financeiras precisas.

Bitcoin seguro e offline

A outra questão é que as carteiras de hardware são consideradas a maneira mais segura de armazenar Bitcoins. Isso é especialmente verdadeiro quando comparado a armazená-los em computadores conectados à Internet, que geralmente são totalmente expostos a hackers.

Com essa nova tecnologia instalada no software Bitcoin Core, os usuários podem armazenar seu Bitcoin em uma carteira de hardware offline e usar o nó completo para verificar se os dados que estão sendo alimentados, como dados de transação, estão corretos.

A tecnologia vem de muito tempo. Conectar o hardware a um nó completo também é um dos principais objetivos do Electrum Personal Server, iniciado pelo desenvolvedor Chris Belcher. “Espero que este software possa fazer parte do plano de colocar as carteiras cheias de nós nas mãos de tantas pessoas quanto possível”, disse ele no anúncio do ano passado.

Leia também: É lançado código teste para a proposta de atualização do Bitcoin com assinaturas Schnorr

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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