As assinaturas Schnorr, uma mudança de código que provavelmente será uma das maiores atualizações para o Bitcoin, agora passaram da teoria para um verdadeiro código cortesia da startup de tecnologia Blockstream, conforme mostra o artigo publicado pela agência de notícias Coindesk.
Anunciado nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, a Blockstream adicionou uma tecnologia conhecida como “MuSig” à sua biblioteca de testes de criptografia, possibilitando que os desenvolvedores modificassem o esquema de assinatura de Schnorr e potencialmente encontrassem bugs.
O fato do código estar sendo aberto ao público para teste é um passo empolgante porque, se um dia o Schnorr for adicionado ao Bitcoin, o novo esquema de assinatura digital poderá adicionar melhorias de privacidade e escalabilidade à rede da principal criptomoeda do mercado. Como tal, os desenvolvedores estão de olho na tecnologia há algum tempo.
O matemático da Blockstream Andrew Poelstra escreveu no post do blog:
“Nós estamos transformando Musig de um trabalho acadêmico em código utilizável, e esta semana incorporamos esse código em secp256k1-ZKP, um fork do secp256k1, a biblioteca de criptografia de alta segurança usada pelo Bitcoin Core.”
É uma atualização que está apenas na teoria há anos, com criptógrafos fazendo progresso matemático no ano passado para garantir a segurança do esquema. Esta será a primeira vez que o código será aberto para testes.
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“Para resolver essas preocupações, iniciamos uma iniciativa para projetar um novo esquema de assinaturas e um esforço significativo de engenharia prática para implementá-lo de maneira robusta e antifrágil”, acrescentou Poelstra.
A maioria dos desenvolvedores de Bitcoin acha que é uma atualização positiva e alguns já começaram a pensar sobre quais novas tecnologias podem ser construídas sobre ela. Por exemplo, os desenvolvedores teorizaram como isso poderia ajudar a tornar anônimas as transações relâmpago, considerado um sistema de pagamentos mais viável e rápido no Bitcoin.
“Como a comunidade de Bitcoin está explorando o uso de assinaturas Schnorr, esperamos que nosso código acabe sendo fundido na biblioteca upstream secp256k1 usada pelo Bitcoin Core e muitos outros projetos”, acrescentou Poelstra.
Para esse fim, ele convida os desenvolvedores a brincarem com o código, que pode ser encontrado no GitHub, e darem seus feedbacks.
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