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Projeto de lei pode dificultar operação de exchanges no Irã

O parlamento do Irã elaborou um projeto de lei que pode dificultar a operação de exchanges de criptomoedas no país.

De acordo com a agência de notícias iraniana ArzDigital, o parlamento publicou uma proposta que inclui criptomoedas nos atuais regulamentos de “contrabando de moeda” e de câmbio de moeda estrangeira. Por conta disso, as exchanges iranianas enfrentam um risco maior de serem presos pelas autoridades locais ou sancionados pelos americanos.

Exchanges podem ser acusadas de contrabando

A lei afirma que essas empresas devem ser autorizadas pelo Banco Central do Irã e seguir as diretrizes herdadas de troca de moeda estrangeira, embora não seja aparente como as trocas existentes devem solicitar o licenciamento ou adaptar essas normas fiduciárias à tecnologia blockchain.

Com essa medida, o governo iraniano está tentando conter a saída de capital justificando preventivamente quaisquer medidas para penalizar ou até fechar as exchanges de criptomoedas locais.

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No entanto, o mercado iraniano não consiste estritamente de comerciantes locais e de mercados de balcão. Diferentemente das casa de câmbio tradicionais, várias exchanges que operam no Irã são legalmente sediadas em outros países. Não está claro como as novas diretrizes de licenciamento se aplicam a ecossistemas descentralizados que não tem sede no Irã.

Entre os principais exemplos estão o site de análise pertencente à Binance, CoinMarketCap, com sede oficialmente no estado dos EUA de Delaware, e a exchange UtByte, com registro na Suécia. Esta foi muito utilizada pelos iranianos com o objetivo de transações transfronteiriças. Eventualmente, com a aprovação da lei, a exchange pode ser impedida de operar no país.

Uso de criptomoedas no Irã preocupa os EUA

As preocupações do governo norte-americano com o uso de criptomoedas pelos iranianos para contornar sanções parecem estar corretas. Não está claro como as exchanges poderão ignorar as sanções se, no futuro, forem registradas pelo Banco Central do Irã.

Por outro lado, mesmo os projetos de criptomoedas que são totalmente baseados no Irã geralmente se beneficiam dos esforços estrangeiros de mídia social. Por exemplo, no final de semana passado, o fundador da Tron, Justin Sun, promoveu operadores de troca de criptomoedas no Irã. Uma delas foi a Cryptoland, que promove aplicações descentralizadas com o uso da Tron.

O cofundador da Cryptoland, Hassan Golmohammadi, disse que a empresa é legalmente sediada fora do Irã, mas opera localmente.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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