Embora os tokens do Telegram tenham sido comercializados apenas em vendas privadas, um mercado secundário têm surgido e nele, os primeiros investidores têm comercializado seus tokens da empresa com uma rentabilidade acima de 400%, segundo uma reportagem da Coindesk. Desde mercados OTC à pequenas exchanges, não é difícil encontrar a criptomoeda para venda.
Mas há um problema: os investidores que compraram a oferta de US$1,7 bilhão da Telegram em fevereiro e março de 2018, não estão autorizados a vender ou utilizar seus tokens de qualquer maneira antes do lançamento. O acordo de compra original diz que se um investidor descartar seus futuros tokens antes que o Telegram Open Network, ou TON, como é chamado o token, esteja ativo, a alocação pode ser cancelada.
Em outras palavras, há um risco de que os investidores que compraram esses tokens em negociações secundárias nunca os consigam acessá-los.
“O Telegram foi o primeiro grande projeto que legalmente proibiu os investidores de venderem suas alocações”, disse um dos vários investidores que participaram da venda.
O contrato de compra, escrito para a Telegram pela empresa norte-americana Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom LLP de acordo com um investidor, “estipula que os investidores iniciais de tokens da Telegram não podem oferecer, prometer, vender, trocar, onerar ou alienar seus tokens”. Os investidores também não podem vender “quaisquer valores mobiliários conversíveis em, ou exercíveis ou permutáveis pelo contrato de investimento” entre um investidor e a Telegram.
A emissão futura de tokens está condicionada à conformidade do investidor com essa regra.
“Se a Telegram descobrir que o investidor quebrou o contrato, pode cancelar a alocação”, disse um investidor.
Apesar das restrições, o mercado secundário floresceu e vendedores OTC têm feito acordos confidências entre as partes para viabilizar as negociações chegando a vender seus tokens por até US$2 (sendo que eles foram comprados a US$0,37 na primeira rodada e US$1,33 na segunda).
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