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Porque o Bitcoin é mais eficiente que o Cartão de Crédito

Escutamos bastante quando falamos do uso de Bitcoin nos caixas de mercados, restaurantes e pontos de venda em geral, que o Bitcoin não é tão eficiente quanto os Cartões de Crédito, e que não há como superar as 1700 transações por segundo das suas redes tradicionais.

Se trata de um engano muito comum. É natural as pessoas pensarem em um possível gargalo na hora de acertar as contas com Bitcoin na “boca do caixa”.

Porém, não se trata só de olhar para o caixa, mas para as diversas camadas envolvidas.

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No sistema atual de pagamento através das “maquininhas” de cartão de crédito se fazem presentes um conjunto de serviços financeiros que, novamente, na “boca do caixa”, os usuários ignoram.

Primeiro você tem a empresa emissora do cartão, a chamada “bandeira” (Visa, Master, etc). Seguindo, no ponto-de-venda (a maquininha), temos o Banco Adquirente (que, por vezes, envolve mais de um banco), que é aquele que acerta os saldos e lida com a dívida gerada, tanto do lado vendedor quanto do comprador.

Subindo uma camada temos os bancos de ambas as partes.

E acima um banco central, emissor e validador da moeda na qual foi feita a negociação. Se for internacional, são 2 agora. Mesmo que seja feito via débito, o que impossibilita compras internacionais, a única camada removida fica na parte adquirente.

Ainda que utilizando PIX, ou seja, removendo até mesmo os Cartões de Crédito (o centro do nosso argumento), e pagando de banco para banco, podemos contar minimamente com tres instituições financeiras para que uma venda aconteça: Banco do comprador, banco do vendedor e banco central para validar a transação.

Com Bitcoin você tem zero.

O Bitcoin oferece, pela primeira vez na história, a possibilidade de uma transação monetária entre duas partes sem a necessidade de uma terceira parte para qualquer tipo de comprovação ou validação.

Até mesmo os softwares utilizados na transmissão da moeda Bitcoin podem ser gratuitos e abertos, ao contrário da tecnologia fechada dos pontos-de-venda. Softwares Livres, como é o próprio Bitcoin.

Mas nós queremos tudo, não é mesmo? Afinal, é melhor ser rico com saúde do que pobre com doença.

A solução se chama Lightning. Como o nome sugere, ela permite pagamentos na velocidade da luz. É uma rede construída como uma sub-camada da rede Bitcoin, visando permitir micropagamentos e reversibilidade de transações de forma rápida e custo irrisório.

Com a rede Lightning nós temos o melhor dos dois mundos: Não somente você tem uma transação custódia-a-custódia sem intermediários, mas também a velocidade esperada no pagamento do seu jantar, cafézinho, compras de mercado, etc.

Quem já testou pagar com Lightning em lugares como o McDonalds ou Starbucks oferece em alguns países (como em El Salvador, onde testei) já conseguiu experiênciar a forma mais eficiente de se acertar pagamentos já inventada pela humanidade.

Agora, a próxima vez que alguém apontar esta “deficiência”, você pode demonstrar a ela sua ignorância sobre o quanto o Bitcoin dispensa o papel dos diversos atravessadores existentes hoje na cadeia de pagamentos.

E essa é apenas uma das diversas vantagens que o Bitcoin traz para o sistema de pagamentos mundial. Assim, fica fácil entender porque ele é tão valioso. E segue valorizando.

Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.

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Fabiano Dias

Diretor de Negócios Internacionais pela Bitwage, uma das pioneiras e líder do setor de criptomoedas. Trabalho com criptomoedas desde 2015 e já fui conferencista e participante dos principais eventos ao redor do globo, com Bitconf BR, Labitconf, Decentralizar, Bitcoin & Blockchain Prague e Viva Tech Paris.

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