Economia

Polygon vai expandir equipe em 40% apesar do mercado cripto em baixa

A equipe por trás da rede Polygon (MATIC) informou que seguirá contratando em 2022 apesar de o mercado de criptomoedas estar em baixa.

A ação da organização vai no sentido contrário ao de grandes empresas e exchanges de ativos digitais que vêm promovendo demissões em massa devido ao que muitos chamam de “inverno cripto”.

Em uma entrevista à Bloomberg, publicada nesta quinta-feira (8), a equipe Polygon disse que quer expandir o seu número total de funcionários em mais de 40% este ano.

Polygon vai contratar mais 200 funcionários

Em termos práticos, a empresa indiana e com sede em Dubai, disse que planeja contratar mais 200 pessoas para as equipes que operam em locais remotos ao redor do mundo.

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Quem informou sobre isso foi a chefe de recursos humanos da Polygon, Bhumika Srivastava, em entrevista. De acordo com Srivastava, a Polygon espera capitalizar o infortúnio de outras empresas no setor cripto.

Ainda segundo ela, a empresa vai usar o mercado em baixa como uma oportunidade para contratar. Apesar disso, ele admite que não é fácil contratar neste momento:

“É difícil contratar o talento de qualidade que você deseja, especialmente porque as habilidades na web3 são algo que ainda está em construção”, disse ela.

Destaca-se que a Polygon está bem posicionada para contratar no momento. Afinal, arrecadou US$ 450 milhões em uma venda privada de tokens em fevereiro. Ou seja, mais de R$ 2,3 bilhões na cotação atual em reais.

A rodada teve a liderança da Sequoia Capital India e incluiu mais de 40 outros investidores. Isso inclui, por exemplo, o SoftBank Vision Fund 2, o Tiger Global, Alan Howard, Kevin O’Leary, a Galaxy Digital, a Sino Global Capital, a Alameda Research, a Digital Currency Group, a Accel, a Union Square Ventures, Dragonfly Capital, entre outros.

Na época da arrecadação, a Polygon disse que planejava alocar US$ 100 milhões para seu fundo de ecossistema.

Demissões em massa no mercado cripto

Como dito, diversas empresas de criptomoedas estão passando por dificuldades nesta baixa do mercado. Exchanges e empresas do setor como Gemini, Huobi, Coinbase, Robinhood, CoinFLEX, OpenSea e outras, anunciaram demissões em massa.

Uma das primeiras exchanges a demitir funcionários foi a Coinbase. Conforme noticiou o CriptoFácil, a principal exchange dos EUA relatou em junho deste ano a demissão de 1.100 funcionários. Ou seja, cerca de 18% de sua força de trabalho. A decisão foi resultado da queda dos preços das criptomoedas, bem como do preço de suas ações.

Em julho, foi a vez do mercado de NFTs OpenSea demitir 20% de seus funcionários como forma de preparar a empresa para um eventual “inverno cripto”.

No mesmo mês, a Huobi informou que mandaria embora cerca de 30% de sua equipe. De acordo com o jornalista, Colin Wu, as demissões foram causadas por uma queda significativa na receita gerada pela empresa.

Enquanto isso, a Robinhood demitiu 780 funcionários no mês passado e a CoinFLEX anunciou a demissão de uma parte “significativa” de sua equipe.

O mercado brasileiro também está sofrendo com a queda dos preços dos ativos digitais. O grupo 2TM, controlador da exchange brasileira Mercado Bitcoin, demitiu em junho 90 funcionários.

Mais recentemente, no mês de agosto, a empresa anunciou uma nova onda de demissões em que 15% de sua força de trabalho precisou ser desligada, totalizando 190 pessoas demitidas em 2022, segundo o Estadão.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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