Segurança

Polícia prende dono de suposta pirâmide que tinha relação com ‘Faraó dos Bitcoins’

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quarta-feira (1º), sob acusação de estelionato, o ex-dirigente do Botafogo de Futebol e Regatas, Ricardo Wagner de Almeida. A operação em questão tinha como objetivo desmantelar um suposto esquema de pirâmide financeira, liderado por Ricardo, que teria ligações com Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.

De acordo com as investigações, Ricardo era dono da Futura Invest, empresa que ofertava investimentos em criptomoedas e na bolsa de valores. No entanto, a suspeita é que o negócio consistia em uma fraude que teria lesado dezenas de pessoas em milhões de reais. Ricardo foi preso em Piratininga, Niterói.

Futura Invest é pirâmide?

Conforme informou a Delegacia de Defraudações, responsável pelo caso, como é típico de um esquema de pirâmide, no início, os investidores recebiam os rendimentos. Mas com o passar do tempo, os repasses eram interrompidos:

“Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os percentuais prometidos, mas no médio prazo as parcelas não mais eram pagas, caracterizando o golpe da pirâmide financeira”, explicou.

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Ainda segundo as investigações, as vítimas da Futura Invest eram, em geral, servidores públicos civis e militares.

Os investigadores descobriram que Ricardo usava o dinheiro dos clientes no esquema de Glaidson, a GAS Consultoria, por meio da Futura Invest. A empresa prometia rendimentos mensais de 10% por meio de supostas aplicações em Bitcoin. Glaidson está preso desde agosto de 2021 acusado de estelionato e outros crimes. Estima-se que a GAS teria movimentado cerca de R$ 38 bilhões com o esquema.

Na ação que prendeu Ricardo, os agentes da Polícia Civil também cumpriram 11 mandados de busca e apreensão.

Futura Invest e Faraó dos Bitcoins

Nos endereços alvo dos mandados, os agentes encontraram contratos firmados pelas duas companhias e uma nota promissória em que Glaidson prometia pagar R$ 300 mil a Ricardo.

“Como o Glaidson estava pagando mais ou menos 10% de lucro mensal. Ou seja, Ricardo ficava com 6% e repassava 4%. Era a pirâmide da pirâmide”, disse o delegado Alan Luxardo.

A Futura Invest acumula queixas de clientes desde dezembro de 2021 devido à interrupção dos pagamentos mensais. Na plataforma Reclame Aqui, a empresa tem uma série de queixas. Clientes dizem ter feito aportes na empresa, mas o site saiu do ar.

“Fiz depósito e quando fiz o primeiro saque não depositaram na minha conta e o aplicativo não abre mais, é [Editado pelo Reclame Aqui] não invistam”, escreveu um cliente.

“Essa empresa é uma pirâmide financeira, estou na justiça contra eles, mas com dificuldades de notificar o Ricardo que é o sócio”, disse outro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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