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Polícia apreende criptomoedas de suspeitos de pirâmide financeira em Goiás

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) deflagrou uma operação com o objetivo de desarticular um suposto esquema de pirâmide financeira que prometia altos rendimentos com aplicações em criptomoedas e outros investimentos.

Na “Operação Octopus”, realizada na última sexta-feira (27), os agentes realizaram a primeira apreensão de criptomoedas “in locco”.

Em nota, a PCGO informou que efetivou o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 20 milhões da quadrilha.

“Operação Octopus” apreende criptomoedas

Ao todo, a polícia realizou 15 sequestros de valores em contas dos investigados em instituições financeiras convencionais e exchanges de criptomoedas.

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A PCGO não especificou no comunicado o montante apreendido em criptomoedas. Mas o delegado responsável pelo caso, Webert Leonardo, disse ao G1 que o valor foi de R$ 2 mil.

Embora o valor seja baixo, principalmente considerando o total confiscado, a apreensão foi motivo de comemoração pela corporação.

Isso porque a ação vai auxiliar na modernização das técnicas de investigação e apreensão em crimes financeiros virtuais.

“Nós apreendemos e convertemos valores virtuais diretamente no local da diligência, mediante conhecimento de inteligência quebrando as senhas das contas. O valor é convertido para uma conta judicial vinculada ao inquérito”, explicou o delegado.

Leonardo ressaltou ainda que essa apreensão é diferente de um bloqueio de conta judicial. Afinal, se a polícia não agir rápido, os suspeitos podem sumir com o dinheiro em pouco tempo.

Além de apreender as criptomoedas, os agentes cumpriram 4 mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão e 2 sequestros de veículos de luxo. A polícia também encontrou dispositivos eletrônicos, documentos, valores em espécie e três armas de fogo.

Sobre a suposta pirâmide financeira

De acordo com as investigações, que já duram três meses, o grupo alvo da operação – que não teve seu nome revelado – atuava na cidade de Bela Vista (GO).

A polícia descobriu que a organização criminosa tinha uma estrutura organizada e com divisão de tarefas. E “empresa” atacava em duas frentes: intermediação de apostas em jogos esportivos e investimentos em criptoativos.

Em ambos os casos, o grupo prometia lucro certo de 50% ao mês no início das atividades (primeiro semestre de 2020) e 30% no período mais recente.

A ação policial contou com o apoio do Laboratório Tecnológico de Combate à Lavagem de Dinheiro da PCGO, assim como do Núcleo de Operações com Criptoativos da Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Gerência de Operações de Inteligência da PCGO.

Foi devido ao apoio do núcleo focado em criptoativos que a polícia conseguiu rastrear os recursos financeiros e vincular pessoas.

Os acusados podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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