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PIX é revolução de pagamentos instantâneos, afirma Bloomberg

Uma reportagem da Bloomberg, publicada na terça-feira (20), deu destaque o novo ecossistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (Bacen), o PIX.

Segundo a matéria, a nova ferramenta prevista para ser lançada em 16 de novembro será uma revolução dos pagamentos instantâneos no Brasil.

Fim dos serviços do século passado

O PIX, conforme explicou a Bloomberg, permitirá a realização de transações de forma descomplicada, rápida e gratuita. Para usar o serviço, só será necessário possuir um celular e uma conta bancária.

De acordo com a matéria, essa “reviravolta” é esperada há muito tempo no setor bancário brasileiro.

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“A economia emblemática da América Latina ostenta alguns dos maiores e mais lucrativos bancos do mundo, onde hábeis homens do dinheiro manipulam a hiperinflação e o jogo de simulação de planos de estabilização do governo em série por meio de perspicácia de mercado e inovação”.

Entretanto, como destaca a Bloomberg, esse setor ainda oferece seus serviços “no relógio do século passado”. Ou seja, de segunda a sexta, das 10h às 16h e com taxas “esmagadoras”.

Paulo Bilyk, presidente-executivo da empresa de gestão de ativos, Rio Bravo Investimentos, observou:

“O setor bancário brasileiro há muito é dominado por alguns grandes jogadores que desfrutam de uma clientela praticamente cativa. É uma vitória para a economia e para a inclusão social,” disse.

Neste “novo século”, os reguladores passaram a acender o sinal verde para as fintechs. Por conta disso, o investimento em bancos digitais saltou de R$ 290 milhões em 2015 para quase R$ 9 bilhões em 2019.

“O Brasil agora abriga o maior banco digital do mundo, o Nubank, com 20 milhões de clientes nacionalmente e operações na Argentina, Colômbia e México”, destacou a Bloomberg.

Brasil é retardatário no setor

A matéria ainda observa que o Brasil é, na verdade, um retardatário em relação aos pagamentos digitais instantâneos.

Isso porque o Quênia lançou em 2007 um sistema de pagamentos via telefone celular. A Índia criou uma interface de pagamentos em 2015 e registrou 1,62 bilhão de transações em junho de 2020.

Fora a China, que possui o Alipay e WeChat Pay com mais de 2,2 bilhões de usuários.

Entretanto, a Bloomberg pontua que, diferente desses negócios, o PIX é um bem público, lançado pelo Bacen e gratuito.

“A sociedade brasileira está muito mais próxima da China do que dos Estados Unidos ou da Europa. Temos milhões de pessoas de baixa renda com acesso limitado às informações de mercado, mas que possuem telefones celulares. Para eles, reduzir os custos bancários pode ser um grande incentivo,” disse Claudio Lucena, diretor técnico do Instituto Nacional de Proteção de Dados.

PIX não vai consertar sistema tributário sufocante

Por fim, a Bloomberg destaca que o PIX não vai revolucionar a produtividade, estancar a incontinência fiscal ou consertar o sistema tributário regressivo e sufocante.

Mesmo assim, a ferramenta vai ajudar tornar os serviços financeiros mais acessíveis.

“Basicamente, sabemos o que devemos fazer para consertar a economia. Mas, ao tornar mais fácil e acessível o pagamento de contas e a transferência de dinheiro, você convida mais pessoas para o sistema e torna as transações financeiras mais acessíveis”, observou a analista de Economia da Bloomberg, Adriana Dupita.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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