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Petro só funcionará se for utilizado como o Real no Brasil, afirma presidente de organização venezuelana

O presidente do Conselho Nacional de Comércio e Serviços (Consecomercio) da Venezuela, Felipe Capozzolo, disse que a criptomoeda do país, o Petro, só funcionará se for utilizada de maneira semelhante ao Real no Brasil. Em uma entrevista ao jornalista Carlos Croes, reportada pelo site de notícias local El Nacional, no dia 9 de fevereiro, Capozzolo observou:

“[O Petro] Deveria tornar-se uma unidade de mudança, acompanhada de medidas econômicas que tendem a estabilizar a economia e nos conduzir pelo caminho de um sinal monetário não manipulável e estável; poderíamos estar na presença da gênese de um novo sinal monetário, embora ainda estamos longe.”

O presidente da organização venezuelana também destacou que o Petro não tem a confiança do povo, entretanto, isso poderia mudar se o ativo fosse usado como uma medida de estabilização semelhante ao que foi o Plano Real no Brasil. Segundo ele, é preciso “bater nas portas do mercado” e se adaptar às regras impostas, porque o mercado não irá procurar pelo Petro.

Presença e dependência do dolar

O Petro foi criado pelo líder venezuelano Nicolás Maduro, dentre outras coisas, para reduzir a dependência do país do dólar. Sobre a circulação da moeda americana no país, Capozzolo observou que o dólar é adotado em mais de 30% do território nacional, mas existem cidades como Maracaibo, no oeste, onde esse percentual chega a 80%. 

“Embora o câmbio não seja permitido para exportações, é bastante difícil explicar de onde vêm as moedas, podem ser de remessas ou contagem dupla, o fato é que uma quantidade de dólares está entrando no fluxo financeiro nacional, resolvendo a capacidade de aquisição de alguns venezuelanos”, disse Capozzolo.

O presidente de Consecomercio ainda afirmou que é a Venezuela precisa resolver s questões de sanções e acesso ao mercado internacional, pois isso permite a inserção do país no mercado global.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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