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Pesquisador da Universidade de Berkeley diz que o Bitcoin é cocô bovino durante podcast

Nesta semana, o pesquisador sênior do Instituto Internacional de Ciência da Computação em Berkeley, Califórnia, EUA, Nicholas Weaver, classificou o Bitcoin e com ele todo o mercado de criptoativos como “excremento bovino”, durante um podcast da Bloomberg.

Weaver não atacou somente o mercado de criptomoedas. Para o pesquisador, a tecnologia blockchain também não serve para nada e deveria ser “queimada” e que nenhum tempo, por empresas, pesquisadores ou pessoas sérias, deveria ser perdido analisando ou dando atenção a este ecossistema.

“Então, o que aconteceu quando as criptomoedas surgiram em 2010 e 2011 é que a maioria das pessoas que olharam para isso com entendimento técnico disse ‘oh, isso é bosta de boi’, e não prestaram mais atenção a isso”, declarou.

Para Weaver, o Bitcoin falha completamente como “moeda” e serve apenas para práticas criminosas.

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“A grande falha é que o Bitcoin não funciona como moeda. Se você não pode usá-lo como um concorrente para todos os outros sistemas de moeda digital reais, como o PayPal por exemplo. Todos esses sistemas de pagamento são muito mais eficientes do que as criptomoedas, a menos que você esteja interessado em atividades criminosas.”

Segundo o pesquisador, o Bitcoin falha ainda por três razões. Primeiro, sua imutabilidade dificulta a aquisição, uma vez que as pessoas precisam estar muito precavidas para não cometer erros na hora de enviar as moedas e acabar perdendo seus ativos.

Além disso, é difícil para a pessoa comum manter com segurança a posse de suas criptomoedas, haja visto que exchanges e carteiras de hardware sofrem com falhas e acabam sendo alvo de hackers por muitas vezes. Por fim, para o pesquisador, as criptomoedas são difíceis de gastar.

“O pequeno segredo sujo são os comerciantes que dizem aceitar a criptomoeda… não estão realmente aceitando a criptomoeda, mas usando serviços de conversão de terceiros e recebendo em fiat”, disse, citando serviços como BitPay e Coinbase Commerce.

Weaver ainda criticou criptomoedas como Bitcoin por operarem em um modelo deflacionário, que incentiva a poupança e pune os gastadores.

“Quando nos lembramos de nossa história econômica da Grande Depressão, a única coisa pior que a inflação é a deflação. Essas criptomoedas são supostamente deflacionárias, o que significa que, se você comprar uma pizza em 2010 , acabará se arrependendo quando o preço subir como resultado de uma bolha especulativa”, declarou.

Weaver, antes de finalizar suas declarações, disse ainda que dois cenários poderiam derrubar todo o ecossistema cripto/blcockhain, sendo o primeiro deles uma ação do governo dos EUA contra a Tether e a segunda é a chamada “espiral da morte”, para as moedas baseadas em proof-of-work (PoW) como o Bitcoin.

Ouça o discurso completo de Weaver aqui.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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