Um relatório publicado pela CoinMetrics mostrou a centralização extrema da riqueza entre as principais stablecoins do mercado. Pelo menos 80% da capitalização total das cinco principais stablecoins estão mantidas em cinco contas.
O relatório constatou que muitas stablecoins exibem extrema centralização da riqueza. Como por exemplo, o Gemini Dollar (GUSD), Binance USD (BUSD), Dólar de Huobi (HUSD), Tether (USDT) e USDK. Em cada uma delas, poucas contas concentram mais de 80% do valor de mercado de cada token.
O USDT, emitido na Ethereum, possui a maior diversidade. São quase 1.600 contas representando 80% da riqueza. O USD Coin (USDC) e o TrueUSD (TUSD) possuem 200 contas cada, seguidas pelo USDT baseado em Omni, com mais de 150.
Como resultado adicional, pelo menos 20% das transferências feitas com a maioria das moedas estáveis são avaliadas em menos de US$ 100 (R$ 485,00). Isso mostra que apesar da concentração, houve um aumento significativo do uso de stablecoins como meio de pagamento.
O relatório também descobriu que mais de 40% das transações feitas com o Paxos Standard Token (PAX) estão diretamente vinculadas a um único esquema de marketing multinível ou MLM, Ponzi.
Aparentemente, as stablecoins começam a ser utilizadas como meios de pagamento. Em 8 dos 10 tokens examinados, 20% das transferências foram avaliadas em menos de US$ 100,00.
Por outro lado, Menos de 4% das transferências são avaliadas em mais de US$ 100.000 em 8 das 10 stablecoins. As exceções foram HUSD e BUSD, com transferências acima de US$ 100.000, compreendendo 35% e 17% das transações, respectivamente.
Por isso, podemos inferir que as stablecoins aos poucos começam a ser utilizadas em massa. Isso condiz com a proposta desses ativos em ser um meio de troca menos volátil do que as criptomoedas tradicionais. Adicionalmente, muitas pessoas podem estar utilizando esses tokens como reserva de valor em moeda estrangeira, especialmente o dólar.
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