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Pesquisa mostra que 11% dos brasileiros já tiveram perdas com pirâmides financeiras

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e divulgada pelo Valor Investe na última quarta-feira, 04 de dezembro, mostra um dado estarrecedor: cerca de 11% dos brasileiros relataram já terem sofrido perdas com esquemas de pirâmides financeiras.

Intitulada “Fraudes com Investimentos no Brasil“, a pesquisa ouviu cerca de 1.000 pessoas em todo o território nacional. Além do alto número de pessoas que tiveram perdas nesse tipo de esquema, a pesquisa mostra que 62% dos entrevistados não recuperaram os valores perdidos.

“Fraudes envolvendo investimentos sempre começam com a promessa de ganhos altos, rápidos e fáceis. E esses ganhos costumam ser bem acima da média das aplicações tradicionais. Em todos os casos, três fatores costumam andar juntos: excesso de confiança, ganância ou ingenuidade do investidor e negligência para checar as informações”, comentou o presidente da CNDL José Cesar da Costa.

Principais influências

A pesquisa também perguntou quais os benefícios que as pessoas viam em investir nestes esquemas. 44% dos entrevistados afirmaram que foram influenciados pela promessa de altos rendimentos, 36% disseram que foram persuadidos pelo fato de não ser necessário entender do investimento e 32% destacaram o baixo risco apresentado pelos representantes dos esquemas.

Em relação às principais influências na hora de investir, as principais foram consultores autônomos não registrados ou licenciados (43%), amigos ou parentes (29%) ou membros de grupo ou organização à qual o investidor lesado pertence (26%).

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Riscos de perdas

O estudo também comprova a tese de alto risco de perda financeira ao aderir a um investimento fraudulento via pirâmide. Além dos 62% que afirmam não ter recuperado os valores perdidos, 35% já desistiram de receber o valor investido. 27% ainda têm esperança de poder recuperar alguma quantia.

Entre os 38% que conseguiram reaver os valores perdidos, 18% tiveram prejuízo no resgate, 8% foram ressarcidos pela empresa ou pelo consultor em acordos não-judiciais e 6% foram ressarcidos após processo na Justiça.

A pesquisa também revela o papel da Internet na disseminação desses esquemas, visto que 36% dos entrevistados afirmaram ter conhecido os investimentos através da Internet.

Por fim, a pesquisa não cita diretamente esquemas de pirâmides com criptomoedas, de modo que não é possível avaliar o impacto total dessas pirâmides. Além dos esquemas de pirâmides, outros incidentes frequentes são “golpe da seguradora”, no qual é prometida uma quantia mediante pagamento de taxas e despesas (19%), e golpes de ações ou fundos de aposentadoria antigos, com exigência de pagamento antecipado de taxas e despesas (16%).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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