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PEPE: mudança em carteiras faz memecoin cair 18%

O preço da popular memecoin Pepecoin (PEPE) despencou quase 18% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko. Como resultado, a memecoin registrou a maior perda entre as criptomoedas do Top 100 no período.

A queda começou depois que a comunidade notou alterações estranhas em uma importante carteira com múltiplas assinaturas. Essa carteira possui oito assinaturas e exigia um mínimo de cinco para alguém poder movimentar os fundos. No entanto, essa modificação fez a exigência cair para apenas duas assinaturas.

Ou seja, a segurança da carteira foi reduzida para menos da metade necessária. E como esse endereço serve para melhorar a adoção do token, os usuários começaram a se preocupar com a segurança e se desfazer dos seus tokens. Como resultado, o preço da PEPE caiu vertiginosamente.

Carteiras diminuem segurança

Conforme observado pelo usuário Crypto Noddy na rede social X, a carteira multisig mudou seu limite para transferências de tokens. Antes em cinco de oito, a carteira passou a exigir somente duas assinaturas. Isto é um corte de segurança de mais de 50% e corresponde a apenas 25% do total de assinaturas.

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O objetivo da carteira multi-assinatura é reservar uma parte do fornecimento de Pepe para fornecer liquidez para futuras listagens em bolsas, pools de liquidez e pontes. Dessa forma, o endereço contribui para aumentar a adoção da memecoin no mercado.

Quem também investigou o caso foi o detetive ZachXBT, que confirmou a troca no processo de segurança. Além disso, ele observou que a carteira já enviou US$ 15,6 milhões em tokens PEPE para uma combinação de exchanges, incluindo Binance, OKX e Bybit. O valor restante na carteira totaliza US$ 10,4 milhões, menos de 4% da oferta total de PEPE.

Novo risco para PEPE

Além da redução da segurança, ZachXBT apontou outro risco: a centralização disfarçada na PEPE. De acordo com o detetive, o fato de a carteira ter oito assinaturas passava a impressão de segurança e descentralização. Mas é possível que isso seja apenas um disfarce e que, na verdade, todas as carteiras estivessem sob controle de uma ou poucas entidades.

“Eles mantinham tokens PEPE desbloqueados em uma carteira multi-assinatura com assinantes desconhecidos, o que significa que poderiam vender os tokens a qualquer momento”, acrescentou ZachXBT.

ZachXBT reconheceu que todas as assinaturas das carteiras podem pertencer às mesmas duas pessoas de agora, mas não há como saber no momento. O detetive não cravou que isso é verdade, mas sim que há esse risco. Portanto, os dois assinantes podem ter simplesmente sumido com os fundos da PEPE.

Chaves comprometidas foram o que permitiu o ataque de US$ 600 milhões da Ronin no ano passado, que é o maior ataque a criptomoedas na história. A equipe da PEPE não se manifestou até o fechamento desta matéria.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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