O brincalhão Sérgio Mallandro pode ter caído na sua famosa “Pegadinha do Malandro”. E a pegadinha, sem graça, veio na forma de uma pirâmide financeira.
Em 2019, diversas empresas de criptomoedas se provaram esquemas deste gênero. Os danos causados estão na casa dos bilhões de reais.
Uma delas foi a JJ Invest, cujo dono foi preso recentemente. Em uma reportagem do Fantástico, o Mallandro compartilha que caiu nas promessas da empresa.
A JJ Invest chegou a patrocinar clubes de futebol no Rio de Janeiro. A empresa oferecia rendimentos sobre supostas operações com criptomoedas, prometendo retornos fixos de 10% ao dia.
Ao todo, autoridades policiais estimam que a JJ Invest embolsou R$ 170 milhões de mais de 3 mil investidores.
O responsável pela empresa é Jonas Jaimovick, preso no dia 9 de novembro. Além de clubes cariocas, Jonas ainda patrocinava eventos chamativos e entrada em camarotes de eventos.
Dentre os lesados famosos estão a lendária estrela do Flamengo, o Zico, e o humorista conhecido Sérgio Mallandro.
Mallandro chegou a fazer publicidade para a JJ Invest, sendo visto em vídeos afirmando que “o dinheiro está rendendo, é a JJ Invest”.
Ao Fantástico, o humorista confidenciou que os patrocínios a clubes de futebol fizeram com que ele acreditasse na empresa:
“Pra botar uma marca em uma camisa de futebol, em um time de primeira, tem que ter dinheiro. Precisa ser uma empresa consolidada. Então, eu nunca imaginei na minha vida que eu poderia ver uma notícia daquela, que aquele cara [Jonas] poderia ter se metido em uma confusão tremenda. Eu fiz um investimento lá, todo mês tinha relatório direitinho, mostrando. Pra mim, foi um susto muito grande.”
Ele conclui:
“Eu acho que eu caí na pegadinha do Malandro.”
Até mesmo a atriz Cristiana Pompeo investiu na empresa. Ela relatou que este foi seu primeiro investimento.
Ao todo, Pompeo investiu dez anos de fundo de garantia. Assim como Mallandro, a atriz se deixou levar pela campanha de marketing agressiva da JJ Invest.
A JJ Invest não tinha autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer seus serviços de investimentos.
Ainda em 2017, a autarquia emitiu uma ordem de suspensão para a empresa. O advogado de Jaimovick afirma que as pessoas não vão receber seus valores.
Outra suposta pirâmide exibida na reportagem é a Orion Partners. O Fantástico vai até o escritório da empresa, em Taubaté.
Conforme informado, os atrasos de saques da Orion se agravaram em setembro deste ano.
Outro golpe que tem ganhado tração em 2020 são os cursos para traders.
O Fantástico falou sobre Vinicius Ibrahim. Ibrahim possuía um fundo com dinheiro de seus seguidores e, em 27 de outubro, perdeu R$ 700 mil em um pregão da bolsa.
O fundo prometia rendimentos garantidos de 2% ao mês. Em um vídeo, Ibrahim afirma que todos os seus clientes receberiam.
O advogado do suposto trader afirmou que ele não é golpista, mas que precisa de tempo.
A delegada Daniela Rebelo pediu que investidores investiguem as empresas nas quais pretendem fazer aportes, e que não acreditem em milagres.
Leia também: Bitcoin pode triplicar de preço com investimento de 3 bilionários
Leia também: Não é só Bitcoin: XRP terá valorização de 100 vezes, prevê analista
Leia também: Investidor erra e paga R$ 250 mil para movimentar R$ 1.000 em Bitcoin
This website uses cookies.