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PayPal investe na tecnologia blockchain pela primeira vez

De acordo com o portal de notícias CCN, a empresa de pagamentos Paypal anunciou nesta terça-feira, 02 de abril, seu primeiro investimento voltado para a tecnologia blockchain. A empresa adquiriu uma pequena participação na Cambridge Blockchain, empresa focada em identidades digitais em blockchain.

Primeiro investimento em blockchain da PayPal

A Cambridge Blockchain está trabalhando em um produto que representará um passaporte digital: o usuário poderá ter um controle rígido de quem usa seus dados, mas também poderá usá-lo para verificar sua própria identidade.

O investimento dá uma visão clara de como o Paypal, que permite que as pessoas enviem, recebam e armazenem dinheiro sem a necessidade de um banco (e até mesmo usem serviços de caixa eletrônico através de seu cartão de débito), poderá usar a blockchain no futuro.

Um representante do Paypal falou sobre a aquisição em entrevista à revista Forbes.

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“Fizemos um investimento na Cambridge Blockchain porque ela está aplicando blockchain para identidade digital de uma forma que acreditamos que poderia beneficiar empresas de serviços financeiros, incluindo o PayPal.”

Essa não é a primeira incursão da empresa na tecnologia blockchain. Em dezembro do ano passado, o PayPal anunciou a criação de um sistema de recompensas baseado em blockchain para seus funcionários. O serviço foi criado pela empresa.

O futuro da identidade digital em blockchain

Além de jogos e das transferências de valores, um dos principais casos de uso de tecnologias de contabilidade descentralizadas (DLTs) é a emissão e o uso seguro de documentos virtuais. Coisas como títulos de propriedades, bens móveis, títulos universitários e outros tipos de credenciais estão prontos para uma solução digital.

Usando a blockchain e os tokens não-fungíveis (NFTs), o potencial de fraude é significativamente reduzido. Como um verdadeiro “passaporte eletrônico” ou sistema de identificação vai parecer ainda é difícil de imaginar, em uma era na qual nos identificamos com cartões de identificação com foto que podem ser falsificados.

A Cambridge Blockchain é apenas uma das empresa que trabalha neste setor. Eles decidiram seguir a rota de financiamento tradicional, enquanto a Civic, uma de suas concorrente, lançou uma ICO durante os tempos de alta do mercado de 2017. o token CVC é usado para comprar armazenamento de identidade digital na blockchain da Ethereum. No momento da produção deste texto, a CVC estava negociando por pouco menos de US$0,10.

A abordagem da blockchain de Cambridge é diferente. Eles pretendem construir produtos baseados em blockchain para empresas financeiras que desejam maneiras mais eficientes de verificar os clientes. Quem passou por qualquer processo de verificação de identidade (KYC, por exemplo) em uma empresa como a Binance ou a Coinbase, sabe que pode ser árduo – envio de fotos de documentos, dados e assim por diante.

Alta gama de empresas

Empresas como a Cambridge Blockchain e a Civic podem fazer com que os usuários só precisem passar pelos rigores da verificação de identidade uma vez e receber uma identidade verificável e portátil que possa ser usada em várias instituições.

Ou o sistema pode ser ainda mais avançado do que isso – as pessoas que já foram verificadas com bancos tradicionais ou com o Paypal podem ter acesso a serviços financeiros globais adicionais com o clique de alguns botões.

Além das duas empresas citadas, a startup brasileira OriginalMy também possui o seu próprio sistema de identidade digital, o Blockchain ID. Com ele, é possível fazer registro em sites sem a necessidade de cadastro ou de digitar seus dados pessoais, além de permitir a assinatura digital de contratos via blockchain.

Leia também: CEO do PayPal ataca o Bitcoin durante conferência em Davos

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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